Três são presos em picape com 947 quilos de maconha e fardos de Skank
Droga seria levada para o Estado de Goiás, onde seria vendida por cerca de R$ 1 milhão
Um Fiat Strada carregado com 947 quilos de maconha e ainda dois quilos de skank - droga conhecida como supermaconha - foi apreendido por policiais da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), na BR-163 em Campo Grande. O flagrante aconteceu após denúncias e resultou na prisão de três suspeitos.
De acordo com o delegado Cleverson Alves, através de denúncias, equipes da especializada foram informadas que uma grande quantidade de droga sairia de Mato Grosso do Sul com destino ao estado de Goiás. Com detalhes do carro em que os supostos traficantes estavam, os policiais montaram barreiras no km 21 da BR-163, na noite de quinta-feira (12).
Por volta das 19 horas, eles reconheceram o primeiro veículo. Uma Saveiro preta, com placa de Amambai. O condutor, identificado como Luís Paulo Arantes Martins, de 19 anos, foi abordado e com ele os policiais encontraram um rádio comunicador. Durante toda a ocorrência, o rapaz recebeu várias ligações, o que chamou atenção das equipes.
Rondas pela rodovia foram realizadas e um Fiat Strada foi encontrado estacionado na entrada de uma fazenda. Na carroceria, vários tabletes de maconha, que somaram mais de 947 quilos da droga foram apreendidos. Além disso, quatro fardos de skank, conhecida como "supermaconha", foram encontrados em meio a carga. Conforme o delegado, os sacos estavam vedados em uma tentativa de disfarçar o odor da droga.
Diego Borges da Silva, de 18 anos, o condutor da Strada e Eduardo Alvarez, de 18 anos, o passageiro, acabaram presos em flagrante por tráfico de drogas. Em depoimento os suspeitos afirmaram que a droga saiu de Coronel Sapucaia e seria levada para Rio Verde de Goiás. Pelo transporte Diego receberia R$ 18 mil, enquanto os comparsas levariam R$ 2 mil cada um.
Para a polícia, no momento do flagrante a dupla esperava o aval de Luis para continuar a viagem. “Geralmente o modo operandis desse tipo de quadrilha é o mesmo. O batedor vai na frente, verificando se o caminho está limpo e faz a comunicação. Fazem a viagem toda assim, até chegar ao destino”, explicou o delegado.
Em entrevista, Diego alegou que se envolveu no esquema para conseguir comprar uma casa para a esposa e o filho, de 1 anos e dez meses. Ele afirmou que foi convidado por um amigo, que não pode fazer o transporte e passou a condução da Strada para ele. Diferente do que falou para a polícia, ele contou à reportagem que receberia R$ 20 mil pelo tráfico e levaria a droga para Aparecida de Goiânia. "Mesmo o dinheiro sendo do tráfico, o importante era ter uma casa para morar", relatou.
A versão de Eduardo é de que Diego o convidou como acompanhante na viagem e para isso receberia R$ 2 mil. Afirmou que o serviço aceitou apenas porque precisava do dinheiro, mas nunca havia se envolvido em nenhum crime, antes da prisão de quinta-feira. Enquanto isso, Luís negou o tráfico, e alegou que estava em Campo Grande para visitar a mãe.
Ainda segundo o delegado, a carga seria vendida por aproximadamente R$ 1 milhão em Goiás e Brasília. Já a supermaconha tem um valor comercial de R$ 10 mil cada meio quilo. O trio teve a prisão preventiva decretada em audiência de custódia.