Três secretarias fazem ação para “limpar” região da antiga rodoviária
Força-tarefa intensificou ação para retirar usuários de drogas da região, que já era realizadas pela SAS desde o início do ano
A manhã foi movimentada na região da antiga rodoviária de Campo Grande, no Centro, nesta quarta-feira (21). Três secretarias municipais realizaram atividades ao mesmo tempo, com objetivo de “limpar” o entorno do prédio localizado na Rua Barão do Rio Branco. Vias da região receberam equipes que prometem, a partir de agora, intensificar ações que buscam a “reocupação do espaço”, conforme a Guarda Municipal.
Coordenado pela SAS (Secretaria de Assistência Social), o trabalho social desempenhado com moradores de rua da região desde o início do ano, ganhou apoio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos e da Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social, nesta manhã.
Ao Campo Grande News, a SAS explicou que já vinham realizando atendimentos aos moradores da região, três vezes na semana, desde janeiro. A diferença da ação de hoje, segundo apurado pela reportagem, foi a participação das demais secretarias.
O apoio da Sisep incluiu a disponibilização de um caminhão para que móveis, barracas, colchões, cobertores fossem recolhidos. Já as equipes da Guarda deram apoio para garantir a segurança durante os trabalhos.
Ainda conforme a SAS, o trabalho realizado as segundas, quartas e sextas consiste em prestar assistência as pessoas que não possuem moradia por meio do trabalho realizado em parceria com Centro Pop (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua).
Moradores e comerciantes da região comemoraram a intensificação dos trabalhos. “Essas ações vêm acontecendo frequentemente e ocorrem com objetivo de desocupar o entorno e deixar comerciantes e moradores do Amambaí mais tranquilos”, afirmou Rosane Nely Lima, presidente da Associação de Moradores do Bairro.
Ainda segundo ela, até mesmo funcionários dos Correios se sentem ameaçados com a presença dos moradores de rua. “Eles brigam, jogam pedras e isso acaba causando um certo transtorno e trazendo insegurança para quem vive aqui”, ressalta.
A SAS ainda afirmou que o serviço realizado não obriga nenhum morador de rua a acompanhar a equipe. “Eles não são obrigados a ir, vai quem quer. Se a pessoa aceita, vai com todos pertences, se não, fica do jeito que está”, afirmou a secretaria por meio da assessoria de imprensa. Nesta quarta-feira, por exemplo, apenas quatro pessoas aceitaram condução.