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Capital

Falta de estrutura fecha metade dos leitos de CTI na Santa Casa

Aline dos Santos | 21/03/2011 12:10
Segundo médcios e enfemeiros, hospital vive situação caótica. (Foto: Simão Nogueira)
Segundo médcios e enfemeiros, hospital vive situação caótica. (Foto: Simão Nogueira)

Metade dos 33 leitos de CTI (Centro de Terapia Intensiva) adulto está desativada na Santa Casa de Campo Grande.

Há um ano, foi inaugurada uma ala com 15 leitos, que somados aos 18 já existentes, prometiam aliviar o drama da falta de vagas. O investimento foi de quase R$ 2 milhões.

Contudo, por falta de médicos e equipamentos, apenas 15 leitos do CTI estão em funcionamento hoje no maior hospital público do Estado.

“Tem mais pacientes de CTI fora do que dentro”, afirma o diretor do Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos), João Batista.

“Tem uns dez no pronto-socorro, dois no Prontomed, e uns cinco, seis no centro cirúrgico”, relata. A realidade tem efeito em cadeia, pois o centro cirúrgico fica com paciente “internado”, impedindo novas cirurgias.

De acordo com o médico, a situação de trabalho é ruim em todo o hospital, mas se torna mais severa em três áreas: ortopedia, centro cirúrgico e CTI.

A situação levou o corpo clínico a realizar assembleia na semana passada, em busca de soluções jurídicas para a questão. A redução gradual no numero de leitos é justificada pela falta de equipamentos e médicos. “Na semana passada, fecharam mais três leitos”, relata o médico.

Presidente do Siems (Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem), Helena Delgado, recorda que a situação vem sendo denunciada desde agosto do ano passado pela categoria.

“A situação é caótica. Falta equipamento, condições de trabalho. Não temos como atender a demanda”, enfatiza. Segundo ela, parte do CTI ficou fechada na semana passada por falta de equipamentos.

Além do CTI adulto, o hospital conta com centros de terapia intensiva para cardíacos, crianças, setor Neonatal e pacientes com problemas congênitos.

O prefeito, Nelsinho Trad (PMDB) tem reunião quarta-feira no Ministério da Saúde, em Brasília, para discutir o sucateamento da Santa Casa.

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