Um ano depois, polícia ainda aguarda laudos sobre fogo no Atacadão
Seis meses depois do incêndio, supermercado reabriu as portas
Há exatamente 1 ano, a loja Atacadão, localizada na Avenida Duque de Caxias, em Campo Grande, era tomada pelas chamas. O incêndio, maior dos últimos anos registrados em Mato Grosso do Sul, destruiu o mercado atacadista, que reabriu as portas no dia 31 de março de 2021. Mesmo após um ano, as causas ainda são apuradas pela Polícia Civil.
A delegada Marília de Brito, da 7ª Delegacia de Polícia Civil, afirmou que ainda aguarda laudos complementares. "Estamos aguardando laudo de exame pericial complementar, mas tudo indica que aconteceu de forma acidental. Só depois deste laudo que vamos conseguir finalizar o procedimento", afirmou ao Campo Grande News.
Na época, o delegado que estava à frente do caso, Bruno Urban, informou que levantamentos técnicos não identificaram a presença de indícios de curto circuito ou alguma combustão espontânea e, por isso, sugeriram que alguém, de forma culposa ou dolosa, provocou a chama.
Com isso, a análise para achar a origem fica mais complexa ainda. Pode ter acontecido de tudo até o fogo começar na fileira quatro do atacadista, onde ficava a gôndola de álcool em gel.
O delegado falou, em hipótese, que até alguém falando ao celular próximo do material inflamável pode ter sido o responsável, sem saber, pela faísca que provocou o fogaréu. Identificada essa pessoa, ela pode ser indiciada por incêndio culposo.
Além de identificar a causa do incêndio, a investigação também é para saber sobre como funcionou o esquema de combate ao sinistro. Entre os bombeiros ouvidos, pelo menos um disse que os sprinklers não funcionaram, informou a autoridade policial. Essas são estruturas que jogam água no local para combater incêndios.
Incêndio - O incêndio, que destruiu o Atacadão no dia 13 de setembro de 2020, foi um dia histórico em Campo Grande. O fogo começou por volta das 17h daquele domingo e, em poucos minutos, as labaredas podiam ser vistas há quilômetros de distância de onde o supermercado fica localizado, próximo ao Aeroporto Internacional de Campo Grande.
Cerca de 400 mil litros de água foram usados para combater o fogo. Além do Corpo de Bombeiros, caminhões Infraero e militares prestaram apoio para apagar as chamas. Não sobrou nada e chegou a haver risco de desabamento no local.