Usuários aprovam obras, mas cobram queda no preço das passagens
Passageiros dizem que reforma é necessária por conta da demanda; "até rodoviária já foi reformada"
Ampliar área de embarque e desembarque, de serviços disponíveis e, quem sabe, a queda no preço das passagens aéreas, são as principais mudanças que os usuários do Aeroporto Internacional de Campo Grande querem ver com a reforma prevista.
Hoje foi assinada a ordem de serviços da reforma e ampliação, prevista para começar em um mês.
A intensa movimentação no aeroporto, decorrente da solenidade, chamou atenção de quem passava pelo local, mas a maioria atribuía ao período de férias. Em dias de saguão lotado, a enfermeira Vanessa Macedo, 29 anos, nota a necessidade de ampliação da estrutura.
Vanessa é do Piauí, mas é usuária recorrente do aeroporto desde que começou a estudar Medicina no Paraguai. “Aqui é cidade próxima da fronteira, é importante dentro da logística, precisa crescer para atender a demanda”.
O atendente Gustavo Viana de Oliveira, 21 anos, esteve no aeroporto para buscar a sobrinha, e também é frequentador assíduo. Ele mora em Campo Grande, mas veio de São Paulo e sempre viaja para visitar a família. “Nos dias de pico, fica muito lotado, tem que ampliar”.
Para o pediatra Ivan Akucezikiu, 41 anos, o aeroporto ainda atende a demanda, mas reconhece que passa pouco pelo local, pouco mais de duas vezes por ano. Na visão dele, a ampliação pode atrair mais companhias aéreas em operação em Mato Grosso do Sul. “Mais voos disponíveis, maior competitividade, pode melhorar o custo da passagem”.
A comerciante Aline Marques, 24 anos, abriu quiosque há seis meses, vendendo capas de celular e lembranças diversas do Estado. “Até a rodoviária foi reformada e hoje tem espaço amplo e, o aeroporto, ainda não”. Ela ainda aponta como necessidade a abertura de serviços como lotérica e farmácia.
Aline diz que MS é estratégico por receber turistas do mundo inteiro, em busca das belezas naturais, como o Pantanal e Bonito.
Obras – o diretor de operações de Infraero, brigadeiro André Luiz Fonseca e Silva, disse que a reforma irá ampliar em 62% a área do terminal de passageiros.
No projeto, estão previstas ampliação da sala de embarque, das áreas comerciais e do saguão. Também serão instalados mais dois aparelhos de raios-x. A obra está prevista para durar 18 meses, gerando cerca de dois mil empregos.
O secretário nacional de Aviação, Ronei Glanzmann, disse que Mato Grosso do Sul está localizada em ponto estratégico, “ponto de conexão” com outros países da América do Sul. Ele explicou que a assinatura do termo é baseada em três pilares: infraestrutura, concessão à iniciativa privada e incentivo estadual. “Estamos fazendo o bolo, a receita foi dada e esse bolo vai crescer”.