Vereador procura prefeito para que rapaz fosse atendido na Santa Casa
Um rapaz que sofreu um acidente motociclístico na sexta-feira (25) e precisou de novo atendimento neste sábado (25) acabou gerando uma confusão que foi parar no Facebook do vereador Valdir Gomes (PP), eleito em 2016.
No caso, uma terceira pessoa chamou a atenção sobre a situação do rapaz, que não teve o nome revelado, e quebrou a clavícula no acidente de moto. Ele chegou a ser levado para a Santa Casa e lá foi atendido.
Depois disso, ele foi encaminhado ao CEM (Centro de Especialidades Médicas), referência em ortopedia. Porém, ele voltou a sentir dores neste sábado, mas não conseguiu o atendimento de imediato.
Um amigo do paciente pediu ajuda para vereadores, sendo atendido pelo progressista Valdir Gomes, que foi até o hospital, ligou para o prefeito Marquinhos Trad (PSD) e também relatou a situação no Facebook.
"A Santa Casa encaminha ao CEM, mandando retornar segunda-feira. É um absurdo, é pra morrer em casa. Estou aqui, exijo explicações e internamento, estamos lidando com vida, fui eleito pra fiscalizar", frisou o vereador.
Em seguida, ele fez uma postagem ao lado do prefeito, em frente ao pronto-socorro da Santa Casa, afirmando que a solicitação feita a ele foi atendida. A reportagem tentou falar com o vereador para ter mais detalhes, mas não conseguiu o contato.
Já a Santa Casa se manifestou pela assessoria de imprensa, que também rebateu o vereador pela rede social. "O paciente em questão fora atendido ontem pela ortopedia da Santa Casa e encaminhado à acompanhamento pelo CEM, conforme determina a organização de referências do serviço público de saúde", destaca.
Além disso, a assessoria do hospital relata que o rapaz retornou neste sábado e teve o caso dele classificado como de urgência amarela, seguindo o protocolo internacional de Manchester, "como é feito com todos os cidadãos que demandam atendimento", conta o assessor na postagem.
"Assim informamos que os protocolos foram seguidos à risca e não podem ser burlados por quem quer que seja. O fato de alguém atropelar os protocolos de atendimento por ser amigo de autoridades prejudicaria o sistema de saúde e, principalmente as pessoas que estão na fila aguardando atendimento", encerra a explicação.