Vereadora quer tombar praça e cobra capoeira em escolas para combater racismo
Vereadores de Campo Grande vão se reunir nesta quinta-feira para debater desigualdade racial
Dois projetos que visam combater a desigualdade racial devem ser apresentados durante audiência pública na Câmara dos Vereadores de Campo Grande, na tarde desta quinta-feira (21). A reunião vai debater a respeito da garantia e ampliação de políticas públicas para a população negra da Capital.
Um dos projetos será o tombamento da Praça do Preto Velho, localizada na região da Vila Carlota, como patrimônio cultural. Já o outro tem o objetivo de agilizar a declaração que reconhece a comunidade Tia Eva como quilombo. Ambos os projetos são propostos pela vereadora Luíza Ribeiro (PT).
Na audiência, também será exigido o cumprimento da lei que regulamenta aulas de capoeira em escolas da rede municipal de ensino. “Já temos um projeto aprovado, que é de minha autoria, que fala da capoeira nas escolas. Aí nós vamos, pela Comissão de Eficácia Legislativa, falar com o secretário para que ele cumpra essa lei”, diz Luíza.
Dentre os demais temas discutidos na audiência, será debatido o registro da capoeira e a representatividade da mulher negra e a identificação do turbante e das tranças como Patrimônio Cultural Imaterial. Os projetos devem ser elaborados a partir das discussões apresentadas na tarde de hoje.
A audiência é fruto de reivindicações de entidades que defendem o movimento. “Essas reclamações vieram e nós juntamos todas nesse tema, que é a preservação da cultura das pessoas negras. Isso valoriza a cultura do povo preto”, finaliza.
Comunidade Tia Eva - Luíza explica que com o reconhecimento da área como uma comunidade quilombola significaria uma mudança crucial para o território e os descendentes de Tia Eva. Com a declaração, a vereadora explica que facilitaria o caminho para a destinação de recursos e políticas públicas para a comunidade.
“Tem esse pedido no Ministério agora dos Povos Negros do Governo Federal, pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), isso tudo, mas até agora a gente não tem esse território declarado. É muito importante porque pode ser fortalecida a cultura e se não fizer essa declaração ela pode se perder ao longo do tempo, então é muito importante preservar”, finaliza.
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