Vídeo de jovem motiva outras mulheres a relatarem insegurança em terminais
Após a estudante Ingrid Matzembacher, 21 anos, divulgar um vídeo nas redes sociais relatando ter sido agredida verbalmente por um desconhecido, no Terminal Morenão na manhã dessa terça-feira (23), vários comentários surgiram contando o mesmo problema ocorrido no local, em sua maioria por mulheres.
Entre os comentários, estão relatos de pessoas que ficaram indignadas e com a sensação de impotência diante da situação. Em um dos relatos a pessoa descreve: "Aquele homem falando um monte de coisas horríveis e correndo atrás de vc, eu acho que nunca senti tanto medo na vida!(sic)".
Em um outro, uma mulher cita que ao passar pelo terminal na terça-feira de manhã, havia um homem pedindo dinheiro para as mulheres e quando elas não davam, ele cuspia nelas e falava palavrões.
A estudante de 19 anos, que pediu para não ser identificada, conta que no mês passado estava voltando para casa e que um desconhecido sentou ao seu lado, ficou falando que queria andar de ônibus e em seguida começou a ofendê-la e também xingar a mãe de todos que passavam pelo local.
"Depois de um tempo chegou mais gente no ponto onde eu estava, uma idosa sentou ao meu lado e uma menina também. O homem, fez a mesma coisa com a menina, ficava andando de um lado para o outro falando coisas obscenas, xingando. Depois de um tempo eu tentei ver onde ele estava, porque fiquei com medo. Mas quando ele me viu olhando, veio correndo na minha direção e eu virei o rosto, acho que alguém deve ter segurado ele, porque depois não o vi mais naquele dia", relata
Porém o problema continuou dias depois, quando ela o encontrou novamente e dessa vez, o desconhecido, a atacou fisicamente, encostando o dedo nas costelas dela. "Eu não consegui fazer nada, só entrei no primeiro ônibus que vi e fui embora. Pelo menos agora eu não vou mais no terminal morenão, eu ando até onde tem um ponto que não precise passar por lá", conta.
Já em outros comentários, uma das pessoas relata que a divulgação do vídeo pela estudante nas redes sociais, foi puro melodrama. Que essa atitude não serviria para nada, e que o ideal seria identificar a pessoa e ir até a delegacia para registrar um boletim de ocorrência.