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Capital

Violência contra animais sobe 39%, mas faltam registros na polícia

Vereador Francisco Gonçalves de Carvalho apoia o “Abril Laranja” e mobiliza população a participar

Danielle Valentim | 01/04/2019 11:46
Só nos dois primeiros meses de 2019 já foram registrados 177 casos de maus tratos animal no CCZ. (Foto: Bruna Pasche)
Só nos dois primeiros meses de 2019 já foram registrados 177 casos de maus tratos animal no CCZ. (Foto: Bruna Pasche)

“Há mais relatos de maus-tratos em redes sociais do que nas delegacias”. Levantamento do vereador Francisco Gonçalves de Carvalho (PSB) aponta que casos de violência contra os animais cresceram 39% em Campo Grande, mas que registros na Polícia Civil ainda são baixos. Para conscientizar a população, a Aspca (Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade Contra os Animais) instituiu o “Abril Laranja”.

Só no ano passado, as denúncias recebidas pelo CCZ (Centro de Controle Zoonoses e Bem-Estar Animal) de Campo Grande cresceram 39% em relação ao mesmo período de 2017. Só nos dois primeiros meses de 2019 já foram registrados 177 casos de maus tratos animal no CCZ.

De janeiro de 2017 a fevereiro de 2019, o CCZ registrou 1.706 casos de maus tratos contra animais em Campo Grande. Já segundo a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), no mesmo período, apenas, 134 boletins de ocorrência foram registrados.

Diante da violência e para tentar conscientizar a população, a Aspca (Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade Contra os Animais), instituiu o “Abril Laranja” como mês dedicado à prevenção da crueldade contra animais em todo o mundo.

Em Campo Grande, o presidente da Comissão Permanente de Defesa do Bem-Estar e Direitos dos Animais, vereador Francisco, apoia a iniciativa desde o ano passado quando começou a incentivar pelas suas redes sociais a adesão da população para essa causa.

“A campanha Abril Laranja é uma forma de divulgar e mostrar para as pessoas que precisam ter consciência e proteger os animais. Essa campanha é de fácil adesão e é só compartilhar um laço laranja nas mídias sociais”, explica o parlamentar.

O parlamentar concorda que as mídias sociais sejam facilitadoras para denúncias e reunião de provas, mas pontua que a população tem de registrar na polícia. Ele admite que a falta de solução por parte do Poder Público desestimula a denúncia, mas que elas devem continuar.

“A falta de resolução do Poder Público desestimula as pessoas a procurarem os órgãos competentes, mas temos que denunciar mesmo assim. Há mais relatos de maus-tratos em redes sociais do que nas delegacias”, disse.

O que se enquadra? Abandono, espancamento, envenenamento, deixar os animais presos com correntes, negar água e comida, capturar animais silvestres, obrigar animais a puxarem pesos superiores à sua força, negar assistência veterinária a animais feridos ou doentes, não abrigar os animais na chuva ou sol, utilizar animais em shows que lhes cause estresse e promover rodeios e rinhas de galo.

Para implementar políticas públicas para o Bem-Estar Animal o vereador incentivou o a criação do Combea (Conselho do Municipal do Bem-Estar Animal) que é um colegiado de caráter permanente, deliberativo e consultivo, vinculado à Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).

A função e competência é de buscar condições necessárias à defesa, proteção, bem-estar, preservação da vida, assim como dos direitos dos animais, através da implementação e execução de políticas públicas.

Serviço - A população pode denunciar maus tratos a animais na Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista) que é a delegacia responsável pelo suporte a este tipo de denúncia 3325-2567 / 3382-9271, que podem ser feitas também no Ministério Público e o CCZ pelo telefone 33145000.

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