Vizinhos de barraco queimado negam envolvimento; bombeiros falam em curto
Barraco de madeira queimou nesta manhã, atingiu eletrodoméstico e parte de veículo
Os vizinhos do barraco que foi atingido por incêndio na manhã desta quinta-feira (22), em área da prefeitura que se transformou em uma ocupação de sem-teto na região do Bairro São Jorge da Lagoa, na saída para Sidrolândia, negam envolvimento com o surgimento do fogo e relatam que as chamas atingiram vizinhos.
A máquina de lavar roupa de barraco ao lado foi atingida pelo calor das chamas e ficou danificada. A frente de uma camionete que estava no terreno também queimou, além de tapumes utilizados para outro barraco.
O incêndio desta manhã ocorre em meio a uma briga de vizinhos que começou dias atrás e foi noticiada pelo Campo Grande News após virar caso de polícia. A dona do barraco disse que se desentendeu com os demais porque queria ter acesso a mais uma área, tendo já pago R$ 1,8 mil pelo trecho onde montou o barraco e colocou móveis e roupas.
Ela levou o caso à polícia para denunciar ter sofrido ameaça de dois homens, que ela sugere que seriam os responsáveis pela destruição do barraco. O Corpo de Bombeiros foi ao local fazer o rescaldo do incêndio e cogitou a possibilidade de ter ocorrido um curto-circuito.
Vizinhos sugeriram que não seria o caso, uma vez que a mulher retirou os bens de valor, como TV, fogão e botijão, não restando eletrônicos no local.
Desde que a tensão aumentou no local, a mulher não voltou mais para dormir ali. A mudança tinha sido colocada na rua por outras pessoas. Ela devolveu ao barraco, colocou cadeado e não retornou.
Alguns moradores, esta manhã, confirmaram ter ocorrido uma discussão envolvendo áreas da ocupação, que não é recente. No ano passado a prefeitura já havia se mobilizado para remover as famílias. A briga teria ocorrido porque alguns moradores queriam usar um trecho para manter um campinho de futebol para as crianças e havia quem defendesse a repartição em mais lotes para aumentar a ocupação.
A reportagem tentou identificar alguma liderança no grupo, ou mesmo obter informações sobre a venda de espaços para construção de barracos, como denunciou a mulher, mas não obteve detalhes com as pessoas que estavam no local.
A Prefeitura foi acionada para informar quais providências adotará em relação à área pública, bem como a denúncia de venda de áreas para sem-teto.
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