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Cidades

Cassada, presidente de conselho denuncia perseguição e vai adotar Scooby

Aline dos Santos | 21/12/2012 10:00
Sibele quer adotar Scooby e provar eficácia de tratamento. (Foto: Facebook)
Sibele quer adotar Scooby e provar eficácia de tratamento. (Foto: Facebook)

A ex-presidente do CRMV/MS (Conselho Regional de Medicina Veterinária), Sibele Luzia de Souza Cação, que foi cassada do cargo por defender tratamento da leishmaniose em cães, declarou que sofreu perseguição e foi injustiçada pelo CFMV (Conselho Federal de Medicina Veterinária).

Em nota oficial, ela também afirmou que vai adotar o cão Scooby, personagem que desencadeou a denúncia ao MPF (Ministério Público Federal) e levou à queda da presidência do conselho estadual. A história do cachorro causou comoção em Campo Grande. Ele foi preso a uma moto e arrastado do bairro Aero Rancho até o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses). O cachorro foi diagnosticado com a doença e, graças ao clamor popular, foi salvo da eutanásia, destino dos outros cães doente.

“Os incomodados com as verdades ditas, à época do caso Scooby, resolveram me denunciar anonimamente ao Ministério Público Federal alegando que eu estaria causando grandes prejuízos à saúde pública da população campo-grandense. O MPF fez questionamentos ao CFMV que por sua vez resolveu abrir inquérito administrativo para apurar o desvio de minha conduta enquanto Presidente do CRMV/MS, o que resultou nessa cassação”, relata na nota.

Sibele Cação defende que informou corretamente a sociedade sobre as formas de transmissão, prevenção e controle da leishmaniose. Ela enfatiza que sobre o tratamento falou apenas a verdade, fruto de conhecimento adquirido ao longo de anos de estudos e participação em seminários, simpósios, palestras, fóruns e congressos.

A veterinária pretende usar Scooby como prova da eficácia do tratamento. Segundo ela, o pedido de adoção do cachorro já foi protocolado no CCZ. “O relatório final do tratamento do Scooby foi entregue pessoalmente ao Prefeito, pela veterinária responsável pelo tratamento, onde foi demonstrada a eficácia do tratamento com todos os exames normais, inclusive pesquisa de parasita negativo. Somente a sorologia ainda permanece reagente, o que é considerado normal pelos especialistas, que afirmam que a sorologia pode levar meses para negativar”, afirma no documento.


A ex-presidente do conselho afirma que está no aguardo da decisão e alerta que o cão está sem medicação.

Proibido – O comando do Conselho Regional de Medicina Veterinária foi assumido por Eduardo Arteiro Marcondes. Em seguida, foi divulgada nota alertando sobre a proibição do tratamento.

Conforme o documento, o posicionamento oficial do CRMV/MS é o de cumprir integralmente o descrito pelo código de ética profissional, que veda o tratamento dos animais sem comprovação cientifica ou se utilizando drogas não registradas nos órgãos competentes. Todo médico veterinário é obrigado a notificar os casos positivos.

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