Cobrado por deputados, secretário dá explicações sobre obras paradas
Depois de uma série de requerimentos enviados à secretaria de Infraestrutura de Mato Grosso do Sul, os deputados estaduais chamaram o titular, Marcelo Migliogli, nesta quarta-feira (10), para dar explicações sobre obras paradas. Em contrapartida, Miglioli apresentou números e previsões sobre algumas delas.
A reunião, a portas fechadas na Assembleia Legislativa de MS, durou duas horas. O secretário disse que faz parte do governo prestar contas, principalmente em relação aos recursos do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul), que o legislativo acompanha.
Presidente da casa de leis, o deputado Junior Mochi (PMDB), pediu informações sobre a MS-306, que, segundo o parlamentar, precisa ser recuperada por conta do desgaste provocado pelo aumento de fluxo. Caminhões estão cortando a rodovia para não pagar pedágio na MS-163 e em estradas do Mato Grosso.
Cabo Almi (PT) quis saber sobre a MS-258, que liga Sidrolândia a Anhanduí. Conforme o parlamentar, um trecho de 70 km está em obra há anos “e não termina”. Miglioli afirmou que se a empresa executora não acelerar a obra, ela será substituída.
Outro local que precisa de manutenção, segundo o deputado Coronel David (PSC), é a MS-040. Local de movimento por conta do escoamento de safra agrícola, a rodovia está cheia de buracos, especialmente nos trechos entre Bataguassu e Brasilândia e Amambai a Caaraó. Neste caso, o secretário disse que só falta fechar o processo licitatório.
Obras inacabadas – Conforme a Seinfra, das 214 inacabadas quando o atual governo assumiu, só restam oito obras para finalizar. São elas: os três presídios de Campo Grande, na Gameleira, dos quais um fica pronto até o meio do ano, outro em fevereiro de 2018. O término da cadeia feminina não tem prazo, já que ocorreram problemas no projeto.
Construção da escola federal em Chapadão do Sul, que será entregue no meio de 2017, além de trechos da rodovia MS-178, que liga a MS-267 a Bonito. A obra terminará este ano, assegura.
Dos 8,5 mil km de rodovias não pavimentadas, 3,270 mil já foram recuperadas por meio de cascalho. Miglioli explicou que a prioridade são as rodovias onde há escoamento de produção e transporte de alunos. A meta é que, até o fim de 2017, 4 mil km de sejam recuperadas com cascalho.
Fruto do Fundersul, o investimento de 2015 a 2018 foi de R$ 2 bilhões. Para 2017, a previsão é de R$ 824 milhões, dos quais R$ 133,5 milhões serão repassados para os municípios. Até o fim do mandato, o Executivo Estadual quer concluir 80 pontes, 23 já foram feitas e o investimento foi de R$ 54 milhões. R$ 28 milhões são recursos federais.
Outros 2,976 mil km de rodovias passaram por manutenção, o que corresponde a 18 contratos. Somente em projetos executivos, exigência do atual governo, gastou-se R$ 38 milhões.