Cataratas recusa tocar obra e governo pode terminar só parte do Aquário
Intenção é reduzir custos e deixar alguns setores para depois
A empresa Cataratas do Iguaçu recusou a proposta do Governo de Mato Grosso do Sul, para terminar a obra do Aquário do Pantanal, que ela deverá assumir a administração, após estar pronta. Por esta razão, a gestão tucana já pensa em outras alternativas, como reduzir os custos finais do projeto, deixando algumas partes para depois, como laboratórios e estudos científicos.
"Eles (Cataratas) recusaram a parceria para terminar a obra, disseram que não é possível, então estamos estudando reduzir o objeto do contrato, deixando algumas etapas para depois, como laboratórios e estudos (científicos), que ficarão para segunda fase", disse nesta terça-feira (9) o secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo Miglioli.
O secretário relatou que a equipe está fechando o levantamento, para saber em que setores pode reduzir os custos (finais) e depois conseguir o recurso para finalizar o projeto. "Temos R$ 20 milhões em caixa e ainda falta por volta de R$ 50 milhões para terminar, por isso estamos pensando em outras alternativas".
Miglioli lembra que a obra do Aquário do Pantanal, que já consumiu R$ 230 milhões, tendo uma previsão inicial de R$ 84 milhões, teve 25% de aditivo no valor (limite máximo), portanto para um novo investimento estadual, precisa de autorização judicial. "Após fizermos estes cortes e conseguir o recurso, ainda precisamos do aval da Justiça".
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) desde o começo da gestão alegou que iria terminar a obra, mas que se estivesse na administração anterior, não teria este projeto como prioridade. Ele chegou a montar uma comissão com representantes da sociedade civil e órgãos públicos, para acompanhar todo o desenrolar da história.
A obra passou por mudanças na sua execução, já que a empresa Proteco foi afastada do projeto, após ser denunciada por irregularidades na Operação Lama Asfáltica. O governo então buscou a Egelte, vencedora da licitação, para reassumir a obra, e depois de questionamentos na Justiça, chegou-se a um acordo, no entanto faltam R$ 50 milhões para finalizar.