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Capital

Reinaldo se diz confiante sobre conclusão do Aquário, mas com parceria privada

Paulo Nonato de Souza e Leonardo Rocha | 16/02/2017 12:07
Obra do Aquário do Pantanal já se arrasta desde 2011 com investimento muito acima do orçamento original (Foto: Arquivo)
Obra do Aquário do Pantanal já se arrasta desde 2011 com investimento muito acima do orçamento original (Foto: Arquivo)

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou nesta quinta-feira, 16, estar confiante que irá realizar parceria com a iniciativa privada para a conclusão das obras do Aquário do Pantanal, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande.

Reinaldo reiterou a disposição de terminar a obra lançada em 2011, ainda na gestão do ex-governador André Puccinelli (PMDB), mas ressaltou que isso terá que passar por investimento da iniciativa privada.

“São necessários investir mais R$ 50 milhões, mas não vou tirar esse dinheiro da saúde, segurança ou da educação. Por isso estamos buscando parceria para que o setor privado coloque os recursos que faltam. Então, desta forma iremos concluir a obra”, declarou.
O governador admitiu que por onde passa tem recebido cobranças sobre a conclusão do Aquário do Pantanal. “Mas precisamos lembrar que essa obra foi orçada em R$ 84 milhões pelo governo anterior e os investimentos já passam de R$ 200 milhões”, disse ele.

HISTÓRICO - Em fevereiro de 2011, a Egelte Engenharia venceu licitação para construir o Centro de Pesquisa e de Reabilitação da Ictiofauna Pantaneira, nome oficial do aquário, por R$ 84 milhões.

Porém, em março de 2014 a construção foi repassada em subempreita para a Proteco Construções, empresa que desde o ano passado é investigada pela PF (Polícia Federal) e MPE (Ministério Público Estadual). O então governador André Puccinelli (PMDB) informou que se tratava de um “mutirão cívico” para concluir o empreendimento. No entanto, gravações da operação Lama Asfáltica apontaram para uma negociação para que a obra fosse trocada de mãos e recebesse um aditivo de R$ 21 milhões.

Com a divulgação das denúncias, o MPF (Ministério Público Federal) recomendou em 22 de julho de 2015 que a administração estadual, já na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB), suspendesse os contratos com a Proteco.

Após impasse na Justiça e paralisação, a obra foi retomada em 4 de abril de 2016, após acordo entre a Egelte e o governo, mas logo paralisada novamente por determinação da Justiça.

Nesta quarta-feira,15, o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) autorizou o repasse de R$ 2,1 milhões para a Sectei (Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação) executar a parte estrutural do Museu Interativo, que será instalado no aquário.

Conforme o extrato de termo de cooperação técnica, publicado hoje, será para “fornecimento de materiais e mão de obra especializadas por meio da contratação de serviços especializados de infraestrutura para cabeamentos de rede elétrica, lógica, RFID, áudio, monitores interativos, projeção, computadores, luminotécnica, iluminação cênica, eletrocalhas aéreas, tubulação seca, quadros de luz, automação, eletromecanização e equipamentos eletrônicos para o funcionamento do Museu Interativo”.

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