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Cidades

Governo retoma parte de obra do Aquário vinculada a convênio federal

Mayara Bueno | 15/02/2017 11:56
Construção do Aquário está parada e, com o tempo, parte da obra começou a deteriorar. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo).
Construção do Aquário está parada e, com o tempo, parte da obra começou a deteriorar. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo).

Vinculada a um convênio federal, parte da obra do Aquário do Pantanal, em Campo Grande, será retomada em breve. Nesta quarta-feira (15), o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) autorizou o repasse de R$ 2,1 milhões para a Sectei (Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação) executar a parte estrutural do Museu Interativo, que será instalado no empreendimento.

Conforme o extrato de termo de cooperação técnica, publicado hoje, será para “fornecimento de materiais e mão de obra especializadas por meio da contratação de serviços especializados de infraestrutura para cabeamentos de rede elétrica, lógica, RFID, áudio, monitores interativos, projeção, computadores, luminotécnica, iluminação cênica, eletrocalhas aéreas, tubulação seca, quadros de luz, automação, eletromecanização e equipamentos eletrônicos para o funcionamento do Museu Interativo”. O contrato dura 11 meses, podendo ser prorrogado.

O superintendente da Superintendência de Ciência e Tecnologia, ligada à Sectei, Renato Roscoe, explicou que o repasse e acordo publicados hoje fazem parte do cumprimento de prazos da obra, já que o projeto faz parte de convênio com o Finep (Financiadora de Estudos e Pesquisas), ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia.

“Este projeto tem uma contrapartida do Estado, na qual está prevista a implantação do Museu. Estamos cumprindo os prazos e precisamos terminar esta parte, que independe da retomada do Aquário”, afirma. A obra do empreendimento já está parada há, pelo menos, um ano, depois de outras inúmeras vezes. Agora, o governo espera encontrar parceria privada para finalização do Aquário.

Segundo o superintendente, para fazer a parte estrutural não é necessária a retomada da obra principal, também porque, pelo projeto federal, o governo precisa cumprir prazos. Nos próximos meses, já com o dinheiro liberado, será lançada a licitação para escolher a empresa que vai executar os serviços de infraestrutura do Museu. O chefe da pasta não soube detalhar o preço total do projeto federal.

“O local será todo interativo, terá uma parte lógica muito complexa, uma série de componentes complexos. A parte do projeto com o Finep era para estruturar este pedaço”, afirmou, explicando que o Museu Interativo será a primeira parte que o visitante terá acesso antes de entrar nos aquários. A primeira atração contará com espaço tecnológico com 180 estações e nelas será divulgada a história da biodiversidade, com a apresentação de diferentes biomas, fauna e flora da região sul-mato-grossense.

Questionado se há risco em gastar recursos com a parte estrutural e a obra não for retomada, Renato disse que a construção vai ser concluída. “Não tem o menor risco de não terminar”. Anteriormente, o secretário de Obras, Marcelo Miglioli, garantiu que a obra será finalizada, nem que ele e o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) precisem trabalhar no empreendimento.

Governo garante que terminará obra. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo).
Governo garante que terminará obra. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo).

R$ 200 milhões – O contrato inicial com a construtora Egelte previa investimento de R$ 84 milhões, mas a obra já consumiu pelo menos R$ 200 milhões. O custo já foi aditivado em 25%, o máximo permitido pela legislação, por isso a obra está parada, já que o governo precisa de mais recurso para concluir.

Dados da Secretaria Estadual de Infraestrutura revelam que o término do Aquário exigirá investimento de mais R$ 50 milhões. Isso fora os R$ 18 milhões que o governo já tem em caixa para investir na obra.

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