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Cidades

Coronel Sapucaia é a cidade com menor índice de desenvolvimento no Estado

Paula Vitorino | 30/10/2011 10:19

Município ainda está entre os 300 piores índices do país. Maioria dos municípios melhorou, mas três apresentaram queda de 2008 para 2009 no crescimento, segundo IFDM

 Coronel Sapucaia é a cidade com menor índice de desenvolvimento no Estado
Rua na área central de Coronel Sapucaia, cidade de 15 mil habitantes encravada na fronteira com o Paraguai. (Foto; reprodução/Prefeitura Municipal)

Apesar da melhora nos índices da maioria dos municípios de Mato Grosso do Sul, a cidade de fronteira, Coronel Sapucaia, teve queda de 2, 4% no Índice de desenvolvimento e é considerada a cidade menos desenvolvida do Estado.

A análise é resultado do IFDM (Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal), que avalia três áreas de desenvolvimento: Emprego & Renda, Educação e Saúde. O resultado tem como base o ano de 2009 e foi divulgado na última semana.

A pesquisa avalia os 5.564 municípios brasileiros, que são classificados entre desenvolvimento alto (0,8 – 1,0), moderado (0,6 – 0,8), regular (0,4 – 0,6) e baixo (0 – 0,4).

Coronel Sapucaia aparece com 0,4767 de IFDM e dentre os 300 piores do país. A pesquisa constatou que o município teve queda nas três áreas de desenvolvimento analisadas.

A cidade na fronteira com o Paraguai é considerada uma das 100 brasileiras com mais mortes por arma de fogo e tida como porta de entrada para drogas, armas e contrabando no Estado.

No ranking das 10 piores do Estado que tiveram queda ainda estão Jaraguari, com queda de 4,8% (0,5834); Antônio João, que caiu 6,5% (0,5817) e Aral Moreira, com queda de 1,7% (0,5768).

Antônio João teve o pior impacto no índice devido a vertente Emprego & Renda, que caiu 34,8% em comparação a 2008.

Já as cidades de Japorã, Miranda e Porto Murtinho também estão na lista dos piores, apesar de terem apresentado melhora no índice. Japorã teve melhora de 10%, atingindo 0,4772.

Fora do ranking, mas também com queda nos indicadores, estão as cidades de Pedro Gomes, Anastácio e Jaraguari, que passaram de desenvolvimento moderado para regular em 2009.

Campeões - O ranking dos 10 municípios melhores do Estado é encabeçado pela Capital e seguido por Dourados, Chapadão do Sul e Angélica. Os quatro ainda integram o top 500 nacional.

Dentre as melhores de MS, quatro não estavam listadas no ranking em 2008. A maior salto foi do município de Nova Alvorada do Sul, que ocupa a sétima posição na lista, devido o aumento de 50,4% do índice de Emprego & Renda em 2009.

A projeção foi impulsionada pela instalação da maior usina de etanol do Estado na cidade, no mesmo ano. O IFDM do município é 0,7335.

Geral - Na avaliação geral dos 78 municípios, a grande maioria (64) apresentou desenvolvimento moderado e nenhum baixo, sendo que 60 destes tiveram crescimento nas três áreas analisadas. Em 2000, eram apenas 20 cidades com desenvolvimento moderado.

Apenas três municípios – Corguinho, Coronel Sapucaia e Laguna Carapã – fizeram o movimento contrário, com redução no índice dos três fatores.

A Capital é considerada a 5ª mais desenvolvida do país, sendo a única cidade do Estado com desenvolvimento alto nas três áreas.

O Estado teve alta de 1,2% (0,7256), em contrapartida a tendência nacional de queda devido a crise mundial. A crise teve impacto na vertente Emprego & Renda, enquanto que MS conseguiu ficar estável na área e melhorar na Educação.

O IFDM em todo o país caiu em 2009 para 0,7603, recuo de 0,6% em relação a 2008 – 0,7649. Desde 2000, é a primeira vez que a pesquisa registra queda no IFDM. Em 2007 foi registrado 0,7478 e em 2000 o Índice foi de 0,5954.

Os municípios de alto desenvolvimento também caíram em 2009 para 235, contra 269 em 2008.

Mas apesar da queda no Índice, o estudo mostra que mais de 90% dos municípios aumentou o desenvolvimento na última década, melhorando as condições principalmente das cidades do Norte e Nordeste. Mas ainda assim os dados mostram o Brasil dividido na parte norte, menos desenvolvida, e sul, com alto crescimento.

Pesquisa - O IFDM é desenvolvido pela Firjan e apresenta anualmente os dados oficiais com base nas três áreas de desenvolvido, com os dados oficiais fornecidos pelo Governo Federal e prefeituras.

A pesquisa começou em 2008, comparando os anos de 2005 e 2000, e permite analisar a melhora ocorrida nas cidades a cada ano. A defasagem temporal dos dados é atualmente de dois anos, sendo o estudo mais recente de 2009 e divulgado na última semana.

Na área de Emprego & Renda, o foco é no mercado formal de trabalho, não considerando a informalidade como dados de desenvolvimento - geração de emprego e remuneração média. Na educação, são analisados dados do ensino fundamental e educação infantil, além da qualidade da educação – matrícula, distorção idadesérie, horas aula diárias e resultado do IDEB.

Já na saúde, o foco é na atenção básica, no primeiro nível de contato da sociedade com o sistema de saúde – consultas pré-natal, óbitos por causas mal-definidas e infantis por causas evitáveis.

A pesquisa completa pode ser conferida no site: http://www.firjan.org.br

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