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Cidades

Corte de gastos não deve afetar sistema de vigilância na fronteira

Aline dos Santos | 30/04/2015 13:45
Exército vai intensificar a presença na fronteira. (Foto: Marcelo Calazans)
Exército vai intensificar a presença na fronteira. (Foto: Marcelo Calazans)
General Paulo Humberto assumiu hoje o comando do CMO.  (Foto: Marcelo Calazans)
General Paulo Humberto assumiu hoje o comando do CMO. (Foto: Marcelo Calazans)

A turbulência econômica pode reduzir o fluxo, mas não deve cortar os recursos do Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), projeto de R$ 12 bilhões, que fica completamente pronto em 2021 e teve a primeira etapa ativada em Dourados.

“É um projeto que a presidente da República (Dilma Rousseff) colocou dentro do PAC[Programa de Aceleração do Crescimento] e dificilmente ele será contingenciado. É claro que talvez o fluxo de recurso não seja como estava sendo anteriormente, isso é natural pelo momento econômico de ajuste que estamos passando, mas o Sisfron continua a todo vapor”, afirma o general Paulo Humberto César de Oliveira, que assumiu nesta quinta-feira, em Campo Grande, o CMO (Comando Militar do Oeste).

O sistema usa aparato eletrônico para monitorar a fronteira, região conhecida por crimes de tráfico de drogas e armas. Já a presença física foi marcada por desativações de quartéis em Paranhos, Coronel Sapucaia e Sete Quedas. Segundo o novo comandante, foi um processo de rearrumação que vai resultar na intensificação de presença na faixa de fronteira.

“Temos processo de ampliação. Os nossos destacamentos foram reunidos em um escalão maior que nós chamamos pelotão, porque o pelotão tem oficial, sargento, capacidade de operar. Pode ser que em determinados pontos geográfico nós tenhamos retirados aquele militar que estava lá, mas vou mandar para fronteira muito mais militares, com mais presença, muito mais capacidade de operação. Já estamos fazendo isso”, afirma o comandante.

Também foi assegurada a integração entre as forças de segurança para combate ao crime na região fronteiriça. “Temos que agir integrado, não tem como hoje uma instituição querer ter um protagonismo, principalmente nessa área de segurança sem a colaboração”, avalia Paulo Humberto.

O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), reafirmou que as parceria será mantida e que o Exército já auxilia nas ações de combate à dengue. “A nossa expectativa é positiva. Poderemos intensificar e ampliar as parcerias”, diz.

Troca – Natural do Rio de Janeiro, o general Paulo Humberto, 60 anos, já atuou no Haiti, Nordeste e Amazônia. Ele é casado e tem dois filhos. Após um ano no comando do CMO, o general Juarez Aparecido de Paula Cunha vai para chefia do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, em Brasília.

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