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Cidades

Duplicação da BR-163 começará por áreas que não exigem desapropriações

Zana Zaidan | 07/05/2014 16:57
Presidente da MSVia disse que desapropriação não começarão em um ano (Foto: Marcelo Victor)
Presidente da MSVia disse que desapropriação não começarão em um ano (Foto: Marcelo Victor)

Previstas para o próximo dia 14, as obras de duplicação da BR-163 vão começar em trechos que não exigem desapropriação ou interferem no perímetro urbano, garante o presidente da CCR MSVia, Maurício Negrão. Nestas áreas, o trabalho deve demorar pelo menos um ano, acrescenta.

“Até conseguir a licença, leva no mínimo um ano, às vezes mais. É um processo cuidadoso, com uma série de exigências. Não existe isso de tirar as pessoas na marra, causar comoção social”, afirmou Negrão durante audiência pública realizada na tarde de hoje (7) na Assembleia Legislativa.

Por causa da duplicação, o destino de comerciantes locais que trabalham às margens da rodovia ainda é incerto. No distrito de Anhanduí, a 55 quilômetros da Capital, famílias que por gerações vendem queijos, salames, pimenta e artesanato, receiam perder o local de onde tiram o sustento. Por outro lado, defendem a implantação das faixas extras – apontada como principal fator para reduzir as mortes – desde que sejam devidamente realocados.

A pedido do deputado Junior Mochi (PMDB), audiência esclareceu duplicação da BR-163 (Foto: Marcelo Victor)
A pedido do deputado Junior Mochi (PMDB), audiência esclareceu duplicação da BR-163 (Foto: Marcelo Victor)

Cronograma – Com os estudos de impacto ambiental emperrados, a MSVia usa o mecanismo legal, a “via rápida”, que permite o início da duplicação sem a licença, desde que respeitados critérios como não haver desapropriações, supressão vegetal ou passar por terras indígenas.

A MSVia elencou oito trechos que se enquadram nesta situação, no entanto, não revelou quais seriam estes locais, onde a duplicação será iniciada. “Por causa de algumas trocas, só teremos informações disponíveis na semana que vem”, justificou Negrão. Ou seja, às vésperas do início da obra, caso o cronograma seja mantido.

Anel viário de Campo Grande – Sem a licença, a duplicação de pontos considerados estratégicos, como o anel viário da Capital, ficará para depois. “O contorno de Campo Grande, que constatamos ser bastante perigoso, mas não atende as exigências de via rápida”, comentou. Só neste ponto, cinco mortes foram registradas neste ano, e dez em 2013.

A MSVia vai administrar, por 30 anos, os 847 quilômetros da BR-163. O preço inical do pedágio será de R$ 4,38 e R$ 5 bilhões em investimentos estão previstos durante o período de concessão.

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