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Cidades

Em véspera de greve, visitas não podem entrar com alimento em presídios

Agentes penitenciários estaduais prometem parar atividades a partir de amanhã (16)

Leonardo Rocha | 15/10/2017 08:32
Agentes penitenciário prometem paralisação de uma semana (Foto: Divulgação - Sinsap)
Agentes penitenciário prometem paralisação de uma semana (Foto: Divulgação - Sinsap)

Os agentes penitenciários estaduais prometem iniciar amanhã (16) a paralisação dos serviços, que segundo a categoria, vai durar uma semana, até o dia 22 de outubro. Neste domingo (15) já adiantaram que as visitas aos presos vão ocorrer normalmente, porém sem entrada de alimentação, seguindo uma decisão que começou no último dia 9 de outubro.

De acordo com o presidente do Sinsap - MS (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de MS), André Santiago, eles organizaram este protesto em duas partes. Nesta primeira semana que termina hoje (15), só estão realizando os trabalhos padrões, tornando todas as atividades mais lentas.

"Seguimos o protocolo padrão, sem ninguém se sobrecarregar no serviço, que é fazer o serviço de um agente para cada cinco presos, por isso se antes saiam 70 (detentos) para serviços em escolas, nesta semana só saíram cinco, as visitas de advogados, oficiais de justiça e escolta ficaram bem mais lentas e visitas sem entrada de alimentos", explicou.

A partir de amanhã (16), os agentes prometem paralisar os servidos, mantendo apenas a parte de alimentação e serviços de saúde nos presídios, e escoltas para audiências no Fórum, porém sem receber novos detentos nas unidades e parando as demais atividades, por uma semana. "Esperamos ter a adesão de 90% dos agentes, assim como ocorreu nesta semana".

Santiago reconheceu que já foi notificado sobre a decisão da Justiça, que declarou ilegal a paralisação dos agentes, em caráter de liminar, decidida pelo desembargador Paschoal Carmello Leandro, mas adiantou que apesar da volta diária ser de R$ 50 mil, ela não está sendo cumprida pela categoria. "Vamos recorrer da decisão".

Pedidos - O presidente do Sindicato diz que a categoria quer uma reposição salarial de 16%, além de uma mudança na legislação, para reposicionar servidores em relação a carreiras e promoção, que segundo a categoria, com mudanças de regras, estaria prejudicando mais de 700 agentes.

Também pedem aumento no efetivo, que hoje corresponde a 1.600 agentes, sendo 900 para função de custódia nos presídios. "Contando a parte dos turnos e plantões, são 220 (agentes) para cuidar de 15.600 detentos, em alguns casos um agente para cada 700 presos".

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