Concurso do TJMS tem mais de 52 por vaga e gente de fora que perdeu horário
Mesmo quem tem emprego público e mora em outro Estado está fazendo a prova para cadastro de reserva
Candidatos de vários estados e até mesmo quem já é servidor público participam da prova do concurso do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), aplicado na tarde deste domingo (5), em Campo Grande. A concorrência é de 52 candidatos por vaga.
São mais de 13 mil inscritos para 250 vagas de cadastro de reserva para o cargo de Analista Judiciário com salários de R$ 6.808,22, mais R$ 1,3 mil de auxílio alimentação. O resultado da prova será publicado no dia 25 de agosto.
Formada em Direito em 2015, Valéria Santiago, de 32 anos, vai prestar o 5º concurso este ano. Desta vez não está tão animada, porque é apenas cadastro de reserva. “Já fui até para o Espírito Santo prestar concurso este ano. Mas lá era para contratação imediata e não passei”, conta a candidata que atualmente faz bolos para ajudar na renda da família.
Já a servidora pública paulistana, Vânia Pires, 36 anos, afirma estar otimista para ser chamada, caso conseguir a aprovação. “Me preparei 5 meses para este concurso. Espero subir de cargo e por isso faço todos os concursos disponíveis para minha área. Meu último foi nessa quinta-feira (2)”, revela.
Prevenidos para não errar o endereço da prova estavam pai e filha paranaenses de Cascavel. Seu Romualdo Santos, 57 anos, viajou 633 km ontem (4) para que a filha advogada fizesse a prova. “Chegamos ontem à noite e viemos ver onde ficava o local da prova. Demoramos 20 minutos para achar a sala”, conta ele que entrou na faculdade para ter certeza da localização exata.
“Ela se preparou por meses e estava muito nervosa na última semana, sem conseguir dormir e comer direito”, revelou o pai.
Dentre os atrasados, que não conseguiram entrar para realizar a prova estava Roberto Ornelas, 33 anos. O servidor público consegue isenção nas taxas de inscrição das provas estaduais por ser doador de sangue e por isso participa de todas. “Para essa eu não tinha me preparado, porque meus filhos estavam doentes. Faço provas para medir meu conhecimento”, disse tranquilamente.
Já com os olhos cheios de lágrimas estava a professora Silmara Cristina, 30 anos. Ela veio de Ilha Solteira (SP) para fazer a prova, mas não se atentou ao detalhe do fechamento dos portões. “Vi no edital que a prova era das 13h às 17h, mas não vi no roda pé o comunicado que o portão fechava 12h30”, disse ela que chegou no local às 12h35.