Fiems e CNA se manifestam contra movimento dos caminhoneiros
Depois de participar de reunião em Brasília (DF), na CNI (Confederação Nacional da Indústria) sobre os efeitos econômicos da paralisação dos caminhoneiros em protesto contra o aumento no preço do óleo diesel, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, disse que considera válida a greve dos caminhoneiros, mas que o ato acontece “em um momento difícil para o setor industrial e torna a situação ainda mais complicada, pois gera prejuízos como perdas de produtos perecíveis, aumento do custo de transporte e interrupção de linhas de produção”.
Disse ainda que a discussão em torno do alto custo do óleo diesel tem que ocorrer, pois a maior parte do transporte da produção brasileira é feita por meio de rodovias e com o reajuste do combustível a situação fica complicada. O presidente da Fiems informou que o Governo Federal vem resistindo em rever o aumento que autorizou sobre o diesel, mas tenta criar alguma ação que beneficie os caminhoneiros, como homologação da lei recentemente aprovada pelo Congresso, a chamada Lei dos Caminhoneiros, e parcelar os financiamentos de caminhões pelo Moderfrota.
Já a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), divulgou nota, em nome dos produtores rurais brasileiros, para manifestar apreensão com os efeitos do movimento de paralisação dos caminhoneiros.
“Independentemente de reconhecermos o direito de protesto e de manifestação, temos o dever de alertar para o fato de que a duração e o alcance desse movimento já estão provocando graves perturbações nas cadeias produtivas do agronegócio”, diz a nota.
Prevendo “danos irreparáveis à economia da produção, com reflexos severos na vida de toda a população brasileira”, a nota termina cobrando das autoridades “uma solução imediata para o impasse”.