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Cidades

Gaeco prende seguranças do prefeito da Capital por porte ilegal de arma

Bruno Chaves, Graziela Rezende e Kleber Clajus | 11/04/2014 12:48

Dois guardas municipais foram presos pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), às 7h10 desta sexta-feira (11), na casa do prefeito Gilmar Olarte (PP) por porte ilegal de arma de fogo. A ação ocorreu na Rua 11 de Setembro, na Vila Rosa, em Campo Grande. Eles faziam a segurança do chefe do Executivo.

Conforme o boletim de ocorrência 5417/2014, registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, integrantes do Gaeco foram à casa de Olarte para cumprir o mandado de busca e apreensão 01/2014 TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) quando encontraram o primeiro guarda municipal.

Ricardo Aguiar Castelhano, 37 anos, conduzia um Toyota Corola quando foi abordado pelo Gaeco. Ele disse que fazia a segurança do prefeito e afirmou que portava uma pistola Taurus semiautomática, modelo 58p, calibre 380, além de um carregador com 14 munições intactas.

O agente apresentou o registro da arma, que é válido até 17 de março de 2017. Entretanto, como não possuía o porte de arma de fogo acabou sendo detido pelos policiais do Gaeco.

Quinze minutos após a prisão em flagrante do primeiro guarda municipal, outro agente da corporação, Fabiano de Oliveira Neves, 34, chegou à residência do prefeito dirigindo um Chevrolet Cobalt. Após ser questionado, Fabiano contou que tinha uma arma de fogo.

Ele também mostrou uma pistola Taurus semiautomática, modelo 59s, calibre 380, com um carregador com 13 munições intactas. Fabiano ainda apresentou com o registro n° 002405737 da arma de fogo. Porém, como também não tinha o porte de arma, acabou preso em flagrante.

Os dois foram conduzidos à delegacia para providências cabíveis e os carros foram liberados.

Operação Gaeco – Procurada pelo Campo Grande News, a assessoria de imprensa do Gaeco confirmou que foi à casa do Chefe do Executivo Municipal de Campo Grande para dar cumprimento a uma “operação sigilosa”.

A assessoria confirma a presença dos policiais no local, mas não divulga mais detalhes dos trabalhos, que são comandados pelo promotor de Justiça Marcos Alex Vera. O promotor foi procurado pela reportagem, mas não atendeu as ligações.

O secretário municipal de Governo e Relações Institucionais, Rodrigo Pimentel, confirmou a ação do Gaeco na casa de Olarte. Ele disse que os policiais foram à casa do progressista para entregarem um ofício.

“Ele foi intimado a prestar depoimento ao promotor Marcos Alex em uma ação que corre em sigilo”, explicou.

A Justiça determina que Olarte se apresente amanhã (12) ao promotor. Entretanto, como Olarte possui prerrogativa de prefeito e a oitiva com Marcos Alex poderá ser agendada para a próxima semana.

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