Grupo japonês constrói hospital-spa com 200 leitos em Guia Lopes
Previsão é de R$ 50 milhões em investimentos
Grupo de médicos japoneses vai construir em Guia Lopes da Laguna, distante 227 quilômetros de Campo Grande, um hospital-spa com 200 leitos. A pedra fundamental será lançada no próximo dia 29 e a previsão é de R$ 50 milhões em investimentos e dois mil empregos.
O arquiteto Celso Costa, responsável pelo projeto, explica que serão 200 leitos, sendo a maioria -60%, para o SUS (Sistema Único de Saúde) e o restante dividido entre convênios e particulares.
Segundo o arquiteto, os quartos para convênios serão com dois leitos e os para particulares serão “apartamentos de última geração para quem tem condições para ir para lá”, disse referindo-se que estes são para milionários.
Além da medicina convencional, o nosocômio irá atuar também com a oriental. “Acupunturas, massagens, fitoterápicos”, cita Celso Costa. Haverá também o spa. “A pessoa precisa fazer o chek-up e vai ficar lá para aproveitar e fazer turismo”.
O atendimento será em pelo menos 35 especialidades, incluindo cirurgia plástica. “Vai servir também para atender a demanda daquela região. Acabar com o sofrimento de ter que vir para Campo Grande”.
O hospital será equipado com aparelhos de última geração de diagnóstico por imagem. “Vai ter toda a parte de diagnóstico por imagem. Todos os aparelhos. Também terá laboratório completo”, declarou o arquiteto.
A previsão é que trabalhem no hospital duas mil pessoas, entre médicos, técnicos e setor administrativo. Alguns médicos virão do Japão e outros serão contratados aqui em Mato Grosso do Sul. “A estrutura é uma forma de atrair médicos para a região”.
Celso Costa explica que a intenção é que o nosocômio funcione como uma escola, “mas para pós-graduados”. “Também será para capacitar pessoas para área médica e do turismo”
O investimento inicial é de R$ 25 milhões na parte física e “o mesmo tanto em equipamentos”.
Para contemplar no local tudo que há de mais moderno na medicina, “há pessoas fazendo pesquisa na Alemanha, Japão e Polinésia”, conta Celso Costa.
A área para o hospital é de 75 hectares, fica às margens do rio Miranda e foi doada pela prefeitura. Este é o único investimento público. Todo o restante é do grupo de médicos japoneses.
O paisagismo contará com árvores nativas. “A base é de grama com todas as árvores da região. Ipês amarelos, ipês roxo. Há no nosso grupo ambientalistas e biólogos fazendo esse levantamento”, explicou.
O arquiteto revela ainda que a construção do hospital-spa já foi divulgada em pelo menos 150 países. No local haverá ainda creches e casas.
O projeto ainda precisa ser aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e prefeitura do município. “Vamos passar como um trator por cima disso. Estamos fazendo acima, além do que eles pensam”, falou o arquiteto.
A ideia-Celso Costa explica que a ideia de construir um nosocômio na região surgiu de um grupo de japoneses que estuda ambientalismo e questões energéticas. Eles avaliariam que há muita energia positiva no local. A previsão é que o hospital fique pronto em dois a três anos.
O arquiteto é o responsável pelo projeto de 70 hospitais, incluindo a Santa Casa de Campo Grande e o Hospital Regional e também em outros países.