Hemosul fica só com uma bolsa de sangue e é salvo pelas redes sociais
O Hemosul ficou com apenas uma bolsa de plaquetas no primeiro dia útil deste ano, quinta-feira, e foi salvo por uma grande mobilização de solidariedade nas redes sociais e no aplicativo de celular WahtsApp. Sensibilizada pela campanha, uma multidão tomou conta do prédio do órgão desde ontem para doar sangue e o número de doações teve um aumento de 50%.
Segundo a gerente técnica da Hemorrede, Marina Sawaba Torres, em decorrência de dois feriados consecutivos no meio da semana, Natal e Ano Novo, houve uma redução drástica nas doações. O estoque de sangue nesta semana foi o menor em sete anos.
Ela explicou que o normal é ter 90 bolsas de plaquetas, mas somente uma estava no estoque ontem. O movimento cresceu ontem à tarde, após o Hemosul fazer um apelo nos meios de comunicação e solidários comandarem campanhas convocando voluntários no Facebook e no WhatsApp.
A mobilização sensibilizou o estagiário Vinicius Rodrigues da Silva, 19 anos, que fez a doação pela primeira vez. Ele decidiu ir ao Hemosul após receber um recado do grupo de amigos pelo WhatsApp. “Sempre quis doar”, contou o jovem.
A mensagem chegou as noivos Gabrielle Rosa, 25, e Rafael Santiago, 25, que foram juntos fazer o gesto de solidariedade. “Eu sei da necessidade de sangue”, conta Gabrielle, que é enfermeira.
Doador desde 2009, o policial militar Andrew Nascimento, 22, foi ao Hemosul após ver o apelo nos meios de comunicação. Apesar da enorme fila, ele teve paciência para fazer a doação na tarde desta sexta-feira. “Mesmo não tendo problema na família, sei que salva vidas e uma bolsa de sangue faz a diferença”, contou o policial.
O eletricista Hélcio Galdino da Costa, 28, doou e já postou uma foto no grupo de amigos no Whats para incentivar os demais a repetir o gesto de solidariedade. “É bom ajudar, mesmo tendo bastante gente”, contou.
Nos dias normais, o Hemosul recebe 120 doações. No entanto, hoje, no horário de pico, foram 112 pessoas. Só hoje, 108 bolsas já foram encaminhadas aos hospitais, segundo Marina.
Para evitar nova redução no número de doações, ela faz um apelo para que a população mantenha a mobilização pela doação de sangue.
Pode doar quem tiver de 16 a 69 anos, ter mais de 55 quilos e não ter tido algumas doenças, como Aids e Hepatite.