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Cidades

Indígenas são mais explorados no trabalho escravo em MS

Redação | 04/02/2008 11:51

Mato Grosso do Sul está em segundo lugar no País entre os estados que mais exploram a mão-de-obra análoga à escrava, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego. Das 5.968 liberações de trabalhadores realizadas no ano passado pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego, 1.634 foram registradas em Mato Grosso do Sul. Os dados de 2007 superam em 5.500% os registros de 2006, quando 29 trabalhadores foram resgatados. As principais liberações acontecem em áreas de expansão de cana-de-açúcar e envolvem, em especial, trabalhadores indígenas.

Brasilândia, distante 358 quilômetros de Campo Grande, protagonizou o segundo maior resgate de trabalhadores ano passado no País. Na fazenda Debrasa, unidade da Companhia Brasileira de Açúcar e Álcool, 1.011 indígenas estavam alojados em condições precárias. Em princípio, o Ministério do Trabalho divulgou a liberação de 831, mas no decorrer da operação o numero foi atualizado para 1.011.

A liberação aconteceu no segundo semestre do ano. No local, os integrantes do Ministério do Trabalho encontraram alojamentos sem qualquer condição de habitabilidade, higiene e conforto, com muito lixo espalhado pelo chão, moscas e outros insetos e restos de comida por todo o local e esgoto a céu aberto. Os alojamentos lotados exibiam homens assuntados que dividiam banheiros sem condições sanitárias adequadas. Mesmo diante da situação, a principal reclamação era a falta d

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