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Interior

A uma semana do prazo, MS precisa de 91 médicos para substituir cubanos

Segundo a SES, todos os cubanos que atuavam no Estado devem ir embora até o dia 9

Anahi Zurutuza | 04/12/2018 11:00
Profissionais do Mais Médicos durante cerimônia comemorativa do programa em Brasília (Foto: Lula Marques/Agência PT)
Profissionais do Mais Médicos durante cerimônia comemorativa do programa em Brasília (Foto: Lula Marques/Agência PT)

A uma semana do prazo dado pelo Ministério da Saúde para que médicos se apresentassem para substituir os cubanos do programa Mais Médicos, 91 profissionais ainda precisam chegar ao Estado. O balanço foi divulgado nesta terça-feira (4) pela SES (Secretaria de Estado de Saúde).

Até o dia 29 de novembro, eram 11 médicos substituídos em Mato Grosso do Sul – 5 em Corumbá, 3 em Dourados, 1 em Jaraguari e 1 para Tacuru, além de 1 profissional que será lotado em um Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena) não confirmado.

Agora, já são 24 trocas em Aral Moreira (1), Bandeirantes (1), Brasilândia (1), Corumbá (6), Costa Rica (1), Dourados (4), Jaraguari (1), Ribas do Rio Pardo (1), São Gabriel do Oeste (1) e Tacuru (3). Outros quatros profissionais foram para Diseis.

Os intercambistas que já deixaram Mato Grosso do Sul estavam em Bonito, Corumbá, Figueirão, Japorã, Pedro Gomes, Sete Quedas e Sonora. Ainda segundo a SES, todos os cubanos que atuavam no Estado devem ir embora até o dia 9.

A uma semana do prazo, MS precisa de 91 médicos para substituir cubanos

Inscrições – Das 115 vagas oferecidas em Mato Grosso do Sul pelo Mais Médicos, 95 tem profissionais inscritos. As inscrições, porém, seguem até o dia 7 de dezembro e podem ser feitas pelo site maismedicos.saude.gov.br.

Impasse - No dia 14 de novembro, o governo de Cuba divulgou nota anunciado a interrupção da cooperação técnica com a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) que permite o envio de médicos para o Brasil. O comunicado cita "referências diretas, depreciativas e ameaçadoras" feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) à presença dos médicos cubanos no Brasil.

O país caribenho enviava profissionais para trabalhar nas regiões mais carentes do país desde 2013, quando a gestão de Dilma Rousseff (PT) criou o Mais Médicos.

A saída dos médicos cubanos do programa federal representou uma perda próxima a 50% do número de profissionais que prestavam atendimento em atenção básica no país: foram cerca de 8,5 mil trabalhadores de um total de 17 mil. Em Mato Grosso do Sul, dos 219 trabalhadores do Mais Médicos, 114 eram de Cuba. Destes, ao menos oito já saíram do país.

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