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Interior

Acadêmico xinga outro de "macaco" e é condenado a pagar R$ 8 mil em danos morais

Ao invés de ser preso, o réu pagará um salário-mínimo e deverá prestar serviços à comunidade

Por Lucia Morel | 17/01/2025 20:13
Acadêmico xinga outro de "macaco" e é condenado a pagar R$ 8 mil em danos morais
Abertura do torneio Oligra, da Unigran, em Dourados. (Foto: Unigran)

Jogo de basquete em maio de 2023 terminou em condenação por injúria racial, pagamento de indenização e prestação de serviços à comunidade em janeiro deste ano. Aluno de agronomia foi chamado de “macaco” durante partida em ginásio da Unigran, no contexto do torneio chamado de Oligran, em Dourados, a 251 Km e Campo Grande e o colega de partida respondeu a processo.

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Um aluno de agronomia foi chamado de "macaco" durante uma partida de basquete em maio de 2023, resultando na condenação do agressor em janeiro de 2024. A sentença, baseada em testemunhos que confirmaram o insulto racista, incluiu pena alternativa de dois anos e oito meses de reclusão substituída por pagamento de salário mínimo e prestação de serviços à comunidade, além de indenização por danos morais de R$ 8 mil à vítima. Uma segunda pessoa acusada de reproduzir o insulto em redes sociais foi absolvida por falta de provas.

O réu foi condenado, primeiramente, a 2 anos e 8 meses de reclusão, além de R$ 8 mil de indenização por danos morais à vítima. No entanto, a prisão foi substituída por duas restritivas de direitos, consistindo no pagamento de um salário-mínimo e na prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas. O dano moral se manteve.

A sentença, proferida pelo Juiz Marcelo da Silva Cassavara da 1ª Vara Criminal de Dourados, levou em conta as provas testemunhais que confirmaram o xingamento. Jogadores que estavam em quadra no momento e até o juiz da partida afirmaram que o réu havia xingado o colega de macaco durante uma briga.

O promotor de justiça, João Linhares, responsável pela denúncia, destacou a gravidade do ato, ressaltando que o termo "macaco" foi usado de maneira discriminatória em um contexto esportivo universitário, o que resultou no aumento da pena.

Uma segunda ré, que teria proferido o mesmo xingamento contra a vítima em rede social, foi absolvida. Ela teria respondido em grupo privado a um print da nota de repúdio da atlética do curso de Agronomia sobre o caso, mas não ficou comprovado.

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