Ação contra a leishmaniose vistoria 2.500 casas em três bairros
Com cinco casos da doença em humanos confirmados neste ano, a Secretaria de Saúde de Dourados (cidade a 233 km de Campo Grande) intensificou as ações na periferia para eliminar possíveis criadouros do mosquito transmissor e orientar a população para ajudar na prevenção, principalmente fazendo a limpeza dos quintais.
O mutirão feito nos bairros Jardim dos Estados, Chácara dos Caiuás e Jardim Piratininga vistoriou 2.542 domicílios. Conforme a assessoria de imprensa da prefeitura, os moradores de 41 imóveis foram notificados por não cumprirem a chamada “Lei da Dengue e da Febre Amarela”, que prevê multa a quem não manter os terrenos limpos. O mosquito transmissor da leishmaniose se prolifera em locais sujos, com frutas em decomposição, fezes de animais outros materiais orgânicos em decomposição.
Conforme a Secretaria de Saúde, a região foi escolhida para receber o mutirão após a confirmação de novo caso da doença em um morador do Jardim dos Estados. Durante as visitas, os agentes vão até os domicílios e orientam os moradores sobre como evitar a proliferação do flebotomíneo, o mosquito transmissor da doença. Imóveis fechados também são vistoriados.
A transmissão da doença acontece quando fêmeas do flebotomíneo picam cães ou outros animais infectados e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi.
Doença infecciosa, a leishmaniose causa febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, anemia e outros sintomas. Pessoas residentes em áreas onde ocorrem casos de leishmaniose visceral devem procurar o serviço de saúde mais próximo em caso de apresentarem sintomas semelhantes. O diagnóstico precoce facilita o tratamento e evita o agravamento da doença, que pode provocar a morte da pessoa infectada.