Acusado de matar por dívida de crack é condenado a 4 anos
Vítima foi assassinada com facadas no pescoço e autores foram presos após sequestrarem e roubarem três pessoas
Joelferson Manoel Luiz, de 28 anos, foi condenado a quatro anos e nove meses em regime fechado por matar Fernando Carlos Batista, 42, em novembro de 2021, na cidade de Mundo Novo, distante 463 quilômetros de Campo Grande. O julgamento foi realizado na tarde desta sexta-feira (25).
De acordo com os autos do processo, o Conselho do Júri absolveu Kawany Portes Farias por falta de provas que confirmem a participação dela no crime de homicídio. Ela teve o alvará de soltura expedido ainda nas disposições finais.
Por fim, o júri manteve a prisão preventiva do acusado, que reforçou a necessidade da prisão cautelar diante seus antecedentes criminais e reincidência.
Joelferson é natural de Balneário Camboriú (SC) onde, em 2014, acumulava mais de 80 passagens pela polícia entre dano, roubo e tortura. Ele chegou a ser listado entre os 10 com ficha criminal mais extensa naquele estado.
Histórico - O crime aconteceu por volta das 4h30 do dia 18 de novembro daquele ano, na casa onde a vítima morava. Segundo denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o casal foi até o local já na intenção de matar Fernando, pois um dia antes haviam vendido para ele uma caixa de som e um aparelho celular.
No entanto, além de querer pegar de volta os objetos vendidos, o casal teria a intenção ainda de roubar as pedras de crack que pertenciam a Fernando. Eles então o mataram com facadas no pescoço e o homem morreu por choque hemorrágico no chão de seu quarto.
Em seguida, os autores pegaram os objetos e fugiram. O corpo de Fernando foi encontrado por sua mãe, por volta das 12h30 daquele dia. A mulher acionou a Polícia Militar e o caso foi registrado na Delegacia de Polícia Civil da cidade.
Durante a investigação, os autores foram identificados e tiveram a prisão preventiva decretada pelo crime de latrocínio, roubo seguido de morte. Kawany foi encontrada em casa. Os policiais receberam a informação de que Joelferson estava na residência da ex-patroa da namorada, onde mantinha a mulher e o filho de dois anos em cárcere.
As vítimas foram mantidas presas por cerca de três horas e nesse período a mulher foi obrigada a transferir R$ 3.263,24 para uma conta informada pelo criminoso que fugiu. Joelferson foi encontrado momentos depois em uma pousada da cidade e confessou o crime.
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