Acusados de tentar matar rapaz em “tribunal do crime” são condenados
Caso aconteceu em 2019 e execução foi evitada por equipe da Polícia Militar
Cinco pessoas acusadas de envolvimento em “tribunal do crime”, para execução de Nilson Thiago Flores, passaram por julgamento na semana passada e acabaram somando mais de 73 anos de condenação. O caso aconteceu em abril de 2019 em Três Lagoas, cidade a 327 quilômetros de Campo Grande, e a morte foi evitada por equipe da PM (Polícia Militar).
Conforme denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), no dia 25 de abril daquele ano, Nilson teria agredido um rapaz com golpes de extintor. Os dois teriam se desentendido e o caso chegou a ser registrado na 1ª Delegacia de Polícia Civil da cidade.
Por conta disso, o rapaz agredido procurou os integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) que decidiram capturar Nilson e realizar o julgamento clandestino no “tribunal do crime”. Assim, por volta das 10h do dia 26 de abril, Ariane de Paula Santos e Jonatas Galdence Pinheiro, junto com um adolescente, foram até a casa da vítima e a obrigaram a entrar no porta-malas de um Chevette.
Em seguida, o grupo levou a vítima até a casa no Bairro Jardim Paranapungá. O julgamento aconteceria nos fundos do imóvel. Também estavam no local, segundo o MP, Weslen dos Santos Hernandes, Rodrigo Douglas da Silva, Deniel Henrique Rios e mais um adolescente.
A conferência telefônica com membros da facção, que não foram identificados, teve início e neste momento, policiais militares foram até o local por conta de uma denúncia anônima. A equipe entrou no local e conseguiu interromper o julgamento clandestino. Todos os envolvidos foram presos.
Na semana passada, cinco pessoas foram submetidas a julgamento no Fórum de Três Lagoas. Todos foram condenados. Ana Paula, acusada de dirigir o carro onde a vítima foi colocada, foi sentenciada a 11 anos em regime semiaberto, por integrar organização criminosa, tentativa de homicídio e corrupção de menores.
Jonatas foi condenado a 13 anos e Rodrigo a 16 anos, ambos pelo mesmo crime. Já Deniel a 17 anos e 8 meses de prisão por tentativa de homicídio e organização criminosa e Weslen a 16 anos, 1 mês e 20 dias. Todos em regime fechado.
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