Adolescente que denunciou diretor por assédio e outras duas colegas são ouvidas
O gestor deve ser intimado para prestar esclarecimento após as oitivas das vítimas e dos pais
A Delegacia de Atendimento à Mulher de Nova Andradina ouviu a adolescente, de 15 anos, que denunciou o professor e diretor da Escola Municipal Efantina de Quadros, Marcos Eduardo Carneiro. Outras duas jovens também foram ouvidas na condição de vítimas.
Segundo apurado pelo Jornal da Nova, outras alunas ainda estão sendo analisadas para serem ouvidas sobre o suposto assédio. As mensagens foram trocadas em rede social com teor de cunho sexual.
“As atitudes constrangedoras enviadas por mensagens com toques inoportunos, não era novidade entre as alunas dentro da escola, o maior problema é que ninguém tinha coragem de denunciá-lo, mas estamos vendo agora que algumas colegas estão sendo corajosas”, contou ao site local uma jovem relatando que a amiga passou por isso.
Após as oitivas das vítimas e dos pais ou responsáveis, o professor deve ser intimado para prestar esclarecimentos.
No último domingo (15), a unidade policial com apoio da SIG (Seção de Investigações Gerais) da Delegacia Regional de Nova Andradina cumpriu, um mandado de busca e apreensão na casa do suspeito. Lá, foram apreendidos um notebook, um pen drive e um chip de celular, que vão passar por perícia.
O professor está afastado das funções desde quando o caso foi denunciado, na última quarta-feira (11). Ele pode perder o cargo de diretor.
Na última sexta-feira (13), foi publicado no Diário Oficial do Município – além das denúncias da Delegacia da Mulher e do MPE (Ministério Público Estadual) – que houve uma denúncia anônima realizada na ouvidoria do município consistente em suposto comportamento inadequado do servidor público municipal Marcos Eduardo Carneiro, a alunas da Escola Municipal Efantina de Quadros, na qual o mesmo ocupa o cargo de diretor.
Ainda na publicação, o servidor foi suspenso preventivamente, como medida cautelar, por um período inicial de 30 dias, permitindo a prorrogação.
Desde o dia em que o caso foi denunciado, a reportagem tenta contato com o diretor, mas ele não atende as ligações.