Advogado diz que Pavão corre risco no Brasil e tenta apelação judicial
Uma apelação judicial foi feita pelo advogado de Javis Pavão na noite desta quarta-feira (27). Ele afirma que o narcotraficante corre risco de vida se for extraditado ao Brasil.
Atualmente preso no Brasil, na capital Assunção, Jarvis não teve sequer a apelação recebida pela Justiça paraguaia, segundo informações publicadas pelo jornal ABC Color.
O recurso contra o juiz Lici Sánchez chegou ao Gabinete de Atenção Permanente do Judiciário, procolado pelo advogado Christian Colmán. Ele teria ficado revoltado com a negativa.
"Uma família está sendo destruída", afirma Colmán ao jornal paraguaio, ao reclamar da decisão. Ele também diz que não sabem por quanto tempo Jarvis conseguirá durar em presídios brasileiros, pois pode ser morto aqui.
Ontem, o juiz Crescencio Ocampos concedeu habeas corpus solicitado pelos advogados de Pavão e suspendeu a extradição até o julgamento final do caso pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
Entretanto, nesta quarta-feira a Corte Suprema do Paraguai decidiu que o habeas corpus de Ocampos introduz "elementos estranhos" ao caso, por não atender a um dos três tipos de habeas corpus estipulados pela Constituição Nacional. Também determinou uma auditoria para investigar o magistrado.
Com isso, o tribunal decidiu que Jarvis Pavão será extraditado nesta quinta-feira, respeitando a decisão anterior, assinada pela juíza Lici Sánchez e ratificada pela própria Corte.
O juiz que concedeu o habeas corpus está sob investigação, enquanto as autoridades paraguaias reforçam a segurança local para realizar a transferência de Jarvis para o Brasil, onde tem pena de 17 anos de reclusão a cumprir por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa em Balneário Camboriú (SC).