Agepen investiga morte de detento em raio do PCC; terceiro caso no ano
Cleber Lemos da Conceição, de 42 anos, foi encontrado morto ontem em uma cela do raio 2 da penitenciária de Dourados
A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) investiga as circunstâncias da morte do detento Cleber Lemos da Conceição, 42, ocorrida ontem (6) na penitenciária estadual de Dourados, a 233 km de Campo Grande.
De acordo com a assessoria da agência, o corpo foi encontrado pelos agentes penitenciários por volta das 10h30, durante o fechamento do banho de sol.
Cleber estava sentado, encostado em uma parede, dentro de uma cela do raio 2, onde ficam internos ligados à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
“Não havia lesões aparentes. O local foi isolado e a perícia foi chamada para os levantamentos necessários e coleta de provas. O caso será investigado pela Polícia Civil”, informou a Agepen.
Preso por roubo e tráfico de entorpecentes, Cleber estava na penitenciária de Dourados desde outubro de 2014, quando foi transferido da Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande.
A Agepen não se posicionou sobre a possível causa da morte, mas policiais que estiveram no local acreditam que Cleber tenha sido vítima do chamado “Gatorade”, uma mistura de água com crack e cocaína que os internos têm usado para matar desafetos sem deixar ferimentos aparentes. O produto provoca morte por overdose.
Outras mortes – Outros dois internos foram encontrados mortos em circunstâncias semelhantes neste ano na penitenciária de Dourados. No dia 26 de abril deste ano, Tiago da Luz da Silva, 29, foi encontrado morto, também no raio 2, sem apresentar ferimentos.
Em abril deste ano, Patrick Ferreira da Silva, 37, também foi encontrado morto encostado na parede do raio 2.