ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEXTA  22    CAMPO GRANDE 28º

Interior

Alvos de operação contra esquema de corrupção prestam depoimento no MP

Depoimentos começaram de manhã na sede da Promotoria de Justiça em Amambai

Por Helio de Freitas, de Dourados | 17/11/2023 14:01
Sede do MP em Amambai, onde investigados prestam depoimento hoje (Foto: Direto das Ruas)
Sede do MP em Amambai, onde investigados prestam depoimento hoje (Foto: Direto das Ruas)

Investigados no âmbito da Operação Laços Ocultos, por envolvimento em suposto esquema de corrupção montado na Prefeitura de Amambai, estão sendo interrogados nesta sexta-feira (17) por promotores de Justiça. Os depoimentos começaram de manhã e ocorrem na sede do MP na Avenida Pedro Manvailler, no centro da cidade localizada a 351 km de Campo Grande.

Foram convocados para as audiências os alvos dos 44 mandados de busca e apreensão cumpridos ontem em Amambai, Campo Grande, Bela Vista, Naviraí e Itajaí (SC). A reportagem apurou que os presos não estão no grupo e devem ser interrogados em outra data.

Entre os suspeitos ouvidos ontem estão atuais secretários municipais, ex-secretários, servidores, vereadores e empresários, principalmente no ramo de construção. O vereador Geverson Vicentim (PDT) foi um dos que prestaram depoimento. Inicialmente, havia informação de que ele teve a prisão decretada, mas estava foragido, mas sua assessoria informou que o pedetista foi alvo apenas de mandados de busca.

Dos seis investigados que tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, quatro estão presos: o vereador Valter Brito da Silva (PSDB) e os engenheiros Jonathan Fraga de Lima, Joice Mara Estigarribia da Silva e Leticia de Carvalho Teoli Vitorasso.

Também não foi levado à audiência do período da manhã o engenheiro Mauricio Sartoretto Martinez, 57, funcionário concursado da prefeitura.

Alvo de mandado de busca, ele foi preso em flagrante com três armas e munições irregulares. Mirian de Carvalho, 54, mulher do vereador Valter Brito e também presa com armas ilegais, foi vista na sede do MP. A reportagem apurou que ela pagou fiança e foi colocada em liberdade ainda ontem.

Seguem foragidos um dos alvos cuja identidade é desconhecida e Jucélia Barros Rodrigues, fiscal de contratos da prefeitura e espécie de “braço direito” de Valter Brito. Os dois tiveram a prisão decretada, mas não foram encontrados durante as buscas desta quinta-feira.

A Operação Laços Ocultos é o desfecho de investigação iniciada pela 1ª Promotoria de Justiça de Amambai sobre atuação de organização criminosa que praticava corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, fraude em licitações e contratos públicos, além de lavagem de dinheiro.

Com participação de políticos, servidores municipais e empresários, o grupo teria desviado pelo menos R$ 78 milhões nos últimos seis anos através de fraude em licitações de obras e serviços de engenharia, principalmente por meio de empresas ligadas a familiares de Valter Brito.

A investigação apontou superfaturamento e inexecução parcial de obras e pagamento de propina a agentes políticos e servidores públicos municipais que deveriam fiscalizar as obras.

Matéria alterada às 17h11 para correção de informações.

Receba as principais notícias do Estado pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.

Nos siga no Google Notícias