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Interior

Apesar de enviados do governo Federal, produtores mantêm Leilão da Resistência

Luciana Brazil e Viviane Oliveira | 29/11/2013 12:24
Arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas, se encontrou com emissário do governo Federal. (Foto:Divulgação)
Arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas, se encontrou com emissário do governo Federal. (Foto:Divulgação)

Mesmo com a visita de dois representantes do governo Federal a Mato Grosso do Sul, produtores rurais garantem que o Leilão da Resistência está mantido para o próximo dia 7. Os recursos arrecadados serão destinados aos produtores que estão com as propriedades invadidas e também para os que estão sob pressão dos indígenas.

A intenção é reunir no evento cerca de dois mil produtores rurais de todo país, além de entidades ruralistas, lideranças da sociedade civil e organizada e políticos comprometidos com a causa da categoria. O objetivo é lançar um manifesto nacional contra a onda de invasões indígenas às terras produtivas e legalizadas.

Com o valor arrecadado no leilão, eles pretendem custear a defesa das terras e também garantir o pagamento de custos jurídicos, que vão desde contratação de seguranças até advogados.

O assessor especial do Ministério da Justiça, Marcelo Veiga, e o Coordenador-geral de Movimento do Campo e Territórios da Secretária-Geral da Presidência da República, Nilton Turbina, que esteve em Campo Grande ontem (28), e seguiu hoje para Dourados, garantiu que até dezembro o governo Federal apresentará uma solução para a disputa pela Reserva Buriti, em Sidrolândia.

O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Chico Maia, afirmou que o leilão é um movimento de conscientização. “Os produtores rurais tem que se unir porque não temos apoio dos governos Estadual e Federal”.

Para o diretor-tesoureiro da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária) e presidente da Aprosoja-MS, Almir Delpasquale, as leis não estão sendo cumpridas no Estado. “Mesmo que tenha reintegração, eles (indígenas) não saem das áreas e voltam a invadir”.

Conforme Delpasquale, o governo do Estado afirma impossibilidade para resolver o conflito. “Até porque não compete ao Estado e sim a União”, disse.

“Os produtores precisam se proteger, claro, dentro da lei. Mas precisamos buscar nossos direitos, diante dos tribunais e investir em segurança privada. Temos que nos mobilizar e nos preparar, sem passar em nenhum momento por cima da lei”, explicou.

O Leilão da Resistência acontece no dia 7 de dezembro, a partir das 14 horas, no Tatersal de Elite da Acrissul, no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande.

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