Após execuções, 180 policiais do Brasil e Paraguai buscam armas na fronteira
Força-tarefa foi anunciada após seis execuções em menos de uma semana
Após seis execuções em menos de uma semana, as polícias do Brasil e Paraguai montaram uma força-tarefa para combater o crime organizado na linha de fronteira. Cerca de 180 agentes de segurança já estão na linha de fronteira entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã, cidade a 323 quilômetros de Campo Grande.
A criação de um comando conjunto foi anunciado nesta quarta-feira (13), pelo Ministério do Interior do Paraguai. Batizada de "Soberania", a ação vai permitir troca de informações entre serviços de inteligência e operações conjuntas no combate à violência na região.
Os policiais fazem buscas na linha internacional, principalmente, para encontrar armamentos. São 100 agentes da Polícia Nacional e 80 do Brasil, mas outros policiais devem chegar na região nos próximos dias.
A fronteira faz parte de rotas de comércio ilegal e é disputada por grupos criminosos do tráfico de armas, drogas, contrabando e outras contravenções transnacionais.
Execuções - Foram seis execuções em menos de uma semana, que reacenderam o sinal de alerta. Na manhã desta quarta-feira (13), ataque de pistoleiros deixou pelo menos um morto e dois feridos. O atentado ocorreu em Capitán Bado, cidade paraguaia separada por uma rua de Coronel Sapucaia, a 400 quilômetros de Campo Grande.
Entre as vítimas, está um vereador da cidade paraguaia, identificado como Ismael Valiente, ferido com tiros no rosto e no braço esquerdo. Também foram feridos Hermenegildo Lopez, 84, atingido com dois tiros na perna, e Juan Bosco Gomez, que morreu com disparos na cabeça e no peito.
Na noite desta terça-feira (12), o policial paraguaio Hugo Ronaldo Acosta, de 32 anos, foi morto com 36 disparos de pistola 9 milímetros. O crime ocorreu em Pedro Juan Caballero.