Após greve contra PEC, administrativos da UFGD voltam ao trabalho
Depois de quase dois meses de greve, técnicos administrativos da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e do HU (Hospital Universitário) voltaram ao trabalho em Dourados, a 233 km de Campo Grande. A paralisação foi iniciada em outubro contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) de controle dos gastos públicos – aprovada em segunda votação nesta semana no Senado – e em protesto ao descumprimento do acordo de greve de 2015 por parte do MEC (Ministério da Educação).
Com a aprovação final da PEC, que será promulgada pelo Congresso Nacional, os administrativos decidiram encerrar a greve, mas prometem novas mobilizações, principalmente contra a reforma da Previdência.
De acordo com o Sintef (Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais) da UFGD, apesar do retorno aos postos de trabalho, os servidores não descartam nova greve no início de 2017.
A Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil) marcou para janeiro uma nova avaliação sobre as medidas do governo federal. A retomada da greve será decidida após essa assembleia.
Cleiton Rodrigues de Almeida, um dos coordenadores do Sintef e membro do comando local de greve, disse que o movimento avalia ter cumprido seu papel de luta e discutir os temas com a sociedade.
"Avaliamos que nos últimos meses aumentou significativamente a quantidade de pessoas que já sabem do que tratam essas PECs e quais os principais efeitos que terão na sociedade. Portanto, o movimento paredista entende a suspensão da greve como um recuo estratégico neste momento, para que seja feita uma reavaliação, inclusão de novas pautas e para rever as estratégias de luta”, afirmou.