Adesão à greve aumenta e servidores da UFGD fazem ato público à tarde
Técnicos administrativos da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) entraram hoje (25) no segundo dia de greve em protesto para pressionar o Congresso Nacional a rejeitar a PEC 241, a Proposta de Emenda Constitucional que limita os gastos do governo federal e está na pauta desta terça-feira da Câmara dos Deputados.
De acordo com Cleiton Rodrigues, coordenador geral do sindicato dos administrativos da UFGD, dos mil servidores que trabalham na universidade e no HU (Hospital Universitário), pelo menos 25% já aderiram à greve. Às 17h de hoje, os grevistas fazem um ato público na Praça Antonio João.
“Para os acadêmicos, a greve afeta os acessos e assistências nos laboratórios, empréstimos nas bibliotecas e solicitações de documentos nas secretarias. Para a população, restringe o atendimento em geral de informações e até de solicitação de algum serviço. Também pode impactar no atendimento no HU, principalmente novas internações e cirurgias eletivas”, afirmou.
De acordo com o Sintef, a greve dos técnicos administrativos das universidades federais ocorre em todo o país. Na UFGD, os servidores decidiram aderir à paralisação na semana passada.
“Essa mudança na Constituição prevê que nos próximos 20 anos os investimentos do governo serão congelados. Entende-se que, a partir de 2018, a universidade vai receber o mesmo recurso que pode gastar em 2016. Se houver algum aumento no repasse de verbas, este será no máximo de acordo com a inflação do ano anterior”, afirma o Sintef.
Na avaliação dos grevistas, o congelamento vai afetar a qualidade do ensino e afetar as pesquisas e projetos de extensão. “O impacto será sentido não apenas pelos trabalhadores, mas especialmente pelos estudantes que são o principal público do serviço que prestamos”.
O Sintef afirma que essa é uma greve diferente, já que faz uma reivindicação política e a pauta não tem a ver com reposição salarial ou benefício específico para a categoria. “Por isso, mais do que nunca, a estratégia de cruzar os braços e paralisar as atividades não será suficiente. É necessário mobilizar a sociedade, e divulgar o que o governo está fazendo com o futuro da saúde e da educação”, diz nota do sindicato.