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Interior

Após “não” na vida real, homem cria fake, estupra e usa pornografia de vingança

O réu divulgou os vídeos para toda a cidade após mulher parar de ceder às ameaças

Aline dos Santos | 29/06/2021 10:57
Na pornografia de vingança, imagens íntimas são espalhadas pela internet. (Foto: Henrique Kawaminami)
Na pornografia de vingança, imagens íntimas são espalhadas pela internet. (Foto: Henrique Kawaminami)

Autor de uma trama que saiu da internet para a vida real - com crimes de estupro, ameaça, revenge porn (pornografia de vingança) e inferno para a vítima -, homem foi condenado em Sonora a 10 anos de prisão e pagamento de indenização de R$ 30 mil.

De acordo com o promotor Thiago Barile Galvão de França, o autor está preso desde a investigação. “O crime sexual está em evidência e a sentença foi ‘pesada’ pela gravidade”, afirma. Na pornografia de vingança, vídeos íntimos foram divulgados para toda a cidade, incluindo o filho da vítima, que era amigo do condenado.  Sonora tem 19.721 habitantes.

Primeiro, o homem tentou se aproximar da mulher na vida real. A investida foi repelida, mas eles continuaram amigos. Na sequência, ele abriu um perfil com outro nome numa rede social e passou a fazer ameaças, exibindo fotos do veículo da família da mulher e afirmando seguir os seus filhos. Então, exigiu fotos nuas.

O próximo passo foi pedir vídeos íntimos, mas com ela se relacionando com “algum conhecido” e indicou a si mesmo, escondido no anonimato do perfil falso e ameaçador.

O réu divulgou os vídeos e fotos na internet depois que a vítima parou de ceder às ameaças. Neste período, inclusive, a mulher o procurou para desabafar sobre o que vinha sofrendo. Depois, desconfiada, denunciou a situação e o autor foi identificado.

Conforme divulgado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o juiz Juliano Luiz Pereira destacou que as consequências do crime foram graves porque a conduta do réu causou à vítima “imensurável abalo psicológico, como sintomas depressivos e dificuldades para o convívio social”.

O homem foi condenado a 10 anos e onze meses, em regime inicial fechado, pelos crimes de ameaça, estupro e divulgação de cena de sexo na internet com objetivo de vingança.

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