Arauco paga R$ 1 milhão por impacto de alojamento milionário
A compensação ambiental refere-se à obra para a estrutura que vai abrigar 1,5 mil trabalhadores
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A Arauco Celulose do Brasil S/A vai repassar, ao Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), a quantia de R$ 1,1 milhão a título de compensação pelo impacto gerado com a obra de construção de um alojamento na área rural de Inocência para abrigar 1,5 mil trabalhadores responsáveis pela fábrica. O investimento é de R$ 242 milhões.
RESUMO
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A Arauco Celulose do Brasil S/A pagará R$ 1,1 milhão ao Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) como compensação ambiental pela construção de um alojamento de R$ 242 milhões em Inocência. A estrutura abrigará 1,5 mil trabalhadores envolvidos na construção da nova fábrica da empresa. O empreendimento, que terá investimento total de R$ 22 bilhões, já está em fase de terraplanagem, com custo de R$ 400 milhões. O lançamento da pedra fundamental está previsto para 9 de abril. Segundo o governador Eduardo Riedel, a fábrica será maior que a unidade da Suzano inaugurada em Ribas do Rio Pardo. O projeto deve empregar até 14 mil trabalhadores durante o pico da construção. Para evitar impacto na cidade de 8 mil habitantes, a prefeitura exigiu que o alojamento fosse construído na área rural. A empresa ainda negocia com o poder público um plano de compensação para investimentos em saúde, educação e infraestrutura.
Já há trabalho na área destinada para a fábrica, com equipes fazendo a terraplanagem, com custo de R$ 400 milhões, segundo lembrou, nesta semana, o governador Eduardo Riedel. Durante entrevista ao programa Roda Viva, ele detalhava a expansão do setor da celulose em Mato Grosso do Sul e anunciou que, em 9 de abril, a companhia de origem chilena lançará a pedra fundamental para a fábrica, que deverá investir cerca de R$ 22 bilhões.
Riedel comparou que essa nova fábrica será maior que a inaugurada no ano passado, pela Suzano, em Ribas do Rio Pardo. Ele mencionou, ainda, outro investimento já confirmado, este pela Bracell, “nesses mesmos níveis de produção”, sem cravar a cidade. Inicialmente se falava em uma fábrica de celulose em Água Clara, mas também foi divulgada a possibilidade em Bataguassu, não confirmada pela empresa e nem pelas autoridades.
Conforme o extrato do termo de compromisso da Arauco com o Imasul, o valor da compensação será destinado para gestão ambiental. O órgão informou que será utilizado em programas, ações e projetos.
A empresa ainda não fechou um plano de compensação a ser adotado em relação à cidade de Inocência, com investimentos próprios ou conjugados com o poder público. No final do ano passado, ela apontou que fez pesquisas e estava em tratativas com governo e prefeitura para definição de quais setores atuar, como saúde, educação e infraestrutura.
O Governo do Estado já anunciou obras na MS-377 - a fábrica está sendo construída à margem da rodovia, a cerca de 50 quilômetros de Inocência - e um aeródromo já vem sendo construído ao lado da estrada, perto do trevo de acesso à cidade. Ali já há outro grande empreendimento, que é um entreposto da Suzano para armazenagem e embarque da celulose produzida em Ribas em trens da Ferronorte, que seguem até Aparecida do Taboado para a travessia do Rio Paraná rumo ao Porto de Santos para exportação.
A Arauco informou, no final do ano, que a terraplanagem envolvia cerca de 1.800 pessoas e o auge da obra de construção da fábrica deverá reunir 14 mil pessoas por um período que pode durar oito meses. A cidade tem oito mil habitantes. Uma das exigências da administração municipal foi que o alojamento ficasse fora da cidade diante do volume de trabalhadores.
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