Governo vai recuperar 50 km da MS-377 para escoar madeira e celulose
Até março deve sair edital para recuperar a rodovia, que liga Água Clara a Inocência
RESUMO
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O governo de Mato Grosso do Sul planeja recuperar 50 km da rodovia MS-377, que liga a BR-262 a Inocência. A rodovia se tornou essencial para o transporte de madeira e celulose, devido à instalação de fábricas na região. O projeto, com licitação prevista para março, visa melhorar o escoamento da produção e a segurança da via, que sofre com o tráfego intenso de veículos pesados. A recuperação abrangerá o trecho entre o trevo de acesso à cidade e o entroncamento com a MS-320, onde está sendo construída uma fábrica de celulose da Arauco, um investimento de US$ 4,6 bilhões. Além disso, a região também conta com um centro de armazenamento da Suzano e obras de um aeródromo. O governo também prevê outros investimentos no sistema rodoviário da região, com um empréstimo de R$ 2,3 bilhões do BNDES para obras em 818 km de estradas.
A Agesul (Agência de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul) finalizou projeto e deve lançar até março uma licitação para recuperação de parte da MS-377. A rodovia segue da BR-262, logo após Água Clara, até Inocência, região leste do Estado.
Ela se tornou essencial para a logística das empresas de celulose e produção de madeira e o fluxo de veículos pesados aumentou expressivamente com a ativação de um centro para armazenamento e embarque em trens da celulose produzida pela Suzano em Ribas do Rio Pardo e com as obras da fábrica da Arauco, na região de Inocência.
O plano do Governo do Estado não é recuperar a estrada inteira, mas um trecho de 50 quilômetros, entre o trevo de acesso à cidade e o entroncamento com a MS-320, exatamente a região onde está sendo instalada a fábrica de celulose, obra que está na fase de terraplanagem e previsão de início da construção para o segundo semestre, um projeto de US$ 4,6 bilhões.
Uma rodovia tradicionalmente com pouca movimentação até pouco tempo, a MS-377 passou a ser a rota de muitas carretas com minério e material de construção, percurso de caminhões com madeira, já que as fábricas do Estado e até interior de São Paulo têm florestas de eucalipto na região, e ainda caminhões da Suzano.
A empresa construiu na região, logo após o trevo de acesso à Inocência, sua estrutura para armazenar e embarcar a celulose produzida. Com a desativação dos trilhos da malha oeste, que acompanhavam a BR-262 desde Corumbá até Três Lagoas, foi preciso recorrer aos trilhos da Ferronorte para embarque em vagões e envio ao Porto de Santos, cruzando o Rio Paraná em Aparecida do Taboado. A fábrica foi ativada em julho do ano passado.
Além das estruturas da Suzano e da Arauco às margens da MS-377, está em andamento obra do governo de criação de um aeródromo, investimento de R$ 3,1 milhões, com intensa movimentação de caminhões na terraplanagem e também já surgem outros empreendimentos privados próximos ao trevo de acesso à cidade.
A Agesul não detalhou como serão as intervenções e o valor investido, mas no final do ano a Arauco informou que havia compromisso do governo em recuperar a estrada e criar pontos de terceira faixa. O tráfego pesado já deixou a rodovia estadual com muitos trechos em más condições, esburacados.
O governo prevê outros investimentos na malha rodoviária da região, mas ainda não houve detalhamento dos trechos. Foi formalizado empréstimo de R$ 2,3 bilhões com BNDES para obras em 818 quilômetros, sendo 569 quilômetros em novas pavimentações e 249 quilômetros para recuperação de estradas
