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Interior

Armamento antiaéreo foi usado para furar blindagem de carro de traficante

Nyelder Rodrigues | 15/06/2016 20:50
Rafaat foi morto após o carro blindado em que estava ser atingido por tiros dessa arma (Foto: Direto das Ruas)
Rafaat foi morto após o carro blindado em que estava ser atingido por tiros dessa arma (Foto: Direto das Ruas)

O traficante Jorge Rafaat Toumani, executado com vários tiros na noite desta quarta-feira (15) no Centro de Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com a brasileira Ponta Porã, foi alvo de disparos de armamento calibre .50, usado em táticas antiaéreas pelas Forças Armadas.

A arma estava acoplada na parte traseira de uma camionete Toyota Hilux SW4, onde estavam os executores do Rafaat. Como os seguranças do traficante e empresário que já foi condenado pela Justiça brasileira por narcotráfico reagiram, houve tiroteio e pessoas de ambos os grupos ficaram feridas.

Os relatos de testemunhas do ocorrido aos jornais paraguaios é de que parecia uma guerra. Rafaat estava em uma Hammer blindada, que não suportou o grosso calibre do armamento usado e foi perfurada. Há a informação que seguranças do traficante também foram mortos, o que ainda não foi confirmado pela Polícia Nacional paraguaia.

Sete pessoas teriam ficado feridas no tiroteio, que aconteceu próximo ao Mercado Municipal de Pedro Juan Caballero, logo depois de cair em uma emboscada. Um dos feridos seria um agente policial local. 

Vídeos captados pela vizinhança com aparelhos de celular mostram o momento em que houve tiroteio (veja no fim da matéria) no Centro de Pedro Juan Caballero.

Condenação - Conhecido também por organizar promoções para compras em Pedro Juan, Jorge Rafaat foi condenado por Odilon de oliveira, juiz da 3ª Vara Federal de Ponta Porã, em 30 de abril de 2014, quando além dele, outros sete traficantes da fronteira foram sentenciados.

Rafaat foi condenado a várias penas que, somadas, totalizam 47 anos de prisão em regime fechado, além de multa de R$ 403,8 mil. O irmão dele, Joseph Rafaat Toumani, também foi condenado a pena de 15 anos de prisão e multa de R$ 83,2 mil. Aviões, veículos, fazendas e outros imóveis também foram sequestrados pela Justiça Federal.

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