Atentado tem relação com tráfico, diz secretário
Em áudio, sobrinho da vítima lamenta que morte do tio tenha sido usada para fazer política
O secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Antonio Carlos Videira, descartou motivação política no atentado que deixou um morto e três feridos na tarde de ontem (8) em Coronel Sapucaia, cidade a 400 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai.
Videira afirmou que todos os indícios ligam a execução de Aníbal Ortiz, 45, ao tráfico de drogas. O Campo Grande News já tinha revelado hoje que Ortiz era ligado ao narcotraficante Líder Cabral.
Conforme o secretário, o autor da execução seria um paraguaio que também tem identidade no Brasil e não é da região onde o atentado aconteceu. Aníbal Ortiz morava atualmente em uma cidade paraguaia no Departamento de San Pedro.
O setor de inteligência da Segurança Pública descobriu que os assassinos de Aníbal se aproveitaram do evento, sabendo que ele não estaria armado durante a adesivagem política e o executaram com 12 tiros de pistola 9 milímetros. Aníbal tinha passagens por tráfico e pistolagem no Paraguai.
A reportagem apurou que ele nem participava da adesivagem e estava bebendo com amigos em uma conveniência no centro onde cabos eleitorais e candidatos de duas coligações adversárias faziam campanha.
Veja o vídeo do local do crime:
Ainda conforme Antonio Carlos Videira, existem provas relacionando Aníbal Ortiz ao bando de Líder Cabral e à execução de outro traficante na fronteira, o paraguaio Geraldo Eliodoro Sánchez Martinez, conhecido como “Quelá”.
A execução ocorreu em agosto de 2010 no lado paraguaio da fronteira. “Quelá” foi morto com pelo menos 60 tiros. Para o titular da Segurança Pública, algumas pessoas estão tentando dar conotação política ao caso para “pegar carona na situação”.
Sobrinho – Em áudio distribuído através do aplicativo WhatsApp, homem que afirma ser um dos sobrinhos de Aníbal Ortiz descarta motivação política para a morte do tio e lamenta que o caso esteja sendo usado por interesses eleitoreiros. A Segurança Pública investiga o áudio para identificar o dono da voz.
Ouça o áudio: