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Interior

Atirador brasileiro teria matado Rafaat em emboscada com 130 pistoleiros

Ferido, carioca de 34 anos está preso e é apontado como o homem que manuseou armamento antiaéreo em atentado

Paulo Yafusso | 16/06/2016 16:40
O brasileiro Sérgio Lima dos Santos seria o atirador que usou esse fuzil, instalado em uma caminhonete roubada na Argentina. Ele foi baleado e está internado sob escolta em hospital no Paraguai (Foto: Site Capitanbado.com)
O brasileiro Sérgio Lima dos Santos seria o atirador que usou esse fuzil, instalado em uma caminhonete roubada na Argentina. Ele foi baleado e está internado sob escolta em hospital no Paraguai (Foto: Site Capitanbado.com)

A disputa pelo controle do narcotráfico na fronteira com o Paraguai provocou estragos também na quadrilha adversária de Jorge Rafaat Toumani, executado na noite desta quarta-feira (15) com vários tiros de fuzil .50, usado geralmente para abater aeronaves.

De acordo com a Polícia Nacional de Pedro Juan Caballero, fronteira com a cidade sul-mato-grossense de Ponta Porã, a 320 km de Campo Grande, o homem que manuseava a arma que atingiu mortalmente Rafaat é o carioca Sérgio Lima dos Santos, de 34 anos.

Ele está preso e sob escolta da Polícia Nacional. Conforme foi divulgado, Santos deu entrada no hospital da cidade em estado grave.

Ao site Capitanbado.com, o chefe da Ordem e Segurança da Polícia Nacional do Paraguai, comissário Miguel Angel Ayala, disse que Sérgio Lima dos Santos era quem usava o fuzil que matou Rafaat.

A Polícia Nacional do Paraguai informou também que a caminhonete em que estava Sérgio dos Santos está sendo periciado, mas já se sabe que ela foi roubada na Argentina. A Toyota Fortuner SUV, de fabricação argentina, foi preparada para o ataque.

O banco traseiro foi arrancado, para que fosse instalado o fuzil .50 com suporte. As fotos mostram muito sangue, o que demonstra que o atirador foi ferido pelos seguranças de Jorge Rafaat.

Ainda de acordo com a polícia paraguaia, cerca de 100 homens foram contratados e se posicionados ao longo da rua onde Jorge Rafaat sofreu a emboscada. Pelo lado do empresário morto, cerca de 30 homens faziam a sua segurança.

Fontes que não querem se identificar apontam que a morte de Rafaat foi um decisivo capítulo em uma guerra envolvendo o grupo dele e o PCC (Primeiro Comando da Capital). A facção brasileira, que age principalmente dentro de presídios, estaria expandindo negócios na área fronteiriça, sofrendo resistência por parte do concorrente.

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