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Interior

Audiência da acusação de racismo contra Ari Artuzi é marcada para 20 de outubro

Marco Antonio Brito | 12/09/2011 20:14

O juiz Jairo Roberto de Quadros, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Dourados, marcou para o dia 20 de outubro a audiência de instrução e julgamento em que será ouvido, em depoimentos, o ex-prefeito de Dourados, Ari Artuzi, acusado de crime de racismo por ter feito declarações consideradas ofensivas em entrevista na rádio Grande FM, no dia 14 de agosto do ano passado.

Na audiência realizada hoje (12), no meio da tarde, no Fórum de Dourados, foram ouvidas três testemunhas arroladas pela acusação, que é representada pelo MPE - Ministério Público Estadual, e duas testemunhas de defesa. O Ministério Público pede a prisão do ex-prefeito e multa de R$ 300 mil. A pena por crime de racismo vai de 2 a 5 anos.

O juiz Jairo Quadros colheu os depoimentos dos radialistas Osvaldo Duarte e Eduardo Palomita, que entrevistaram Artuzi no dia em que ele proferiu as declarações das quais agora é reu, além do sindicalista Ronaldo Ramos, todos convocados pelo MPE. Em defesa do ex-prefeito, falaram os ex-servidores João Pinheiro e Anizio de Souza Santos.

A advogada que representa Artuzi, Luci Mara Tamisari Areco, disse que a audiência foi transferida para o dia 20 porque faltaram algumas testemunhas, tanto da defesa quanto da acusação. Ela declarou que o ex-prefeito acompanhou os depoimentos, mas não se manifestou.

O caso - O ex-prefeito Ari Artuzi foi denunciado após declarar “nóis temu fazemu serviço de genti branca; serviço de genti” durante entrevista à Rádio Grande FM, quando comentava a respeito de obras de recapeamento realizadas em sua administração.

Na denúncia contra o ex-prefeito, o MPE alega “discurso infamante e racista proferido pelo outrora prefeito da 2ª maior cidade de Mato Grosso do Sul", o qual teria repercutido imediatamente, "tanto que vários cidadãos reclamaram prontamente perante a emissora que transmitiu o pronunciamento. O telefone da rádio não cessava de tocar com ligações disparadas por ouvintes indignados”, conforme afirmou o promotor João Linhares Júnior.

Ari Artuzi renunciou à prefeitura de Dourados após ser preso pela operação Uragano, deflagrada pela PF (Polícia Federal) em setembro de 2010. Durante a operação foi revelado esquema de fraudes envolvendo a Prefeitura, Câmara Municipal e empresários. Artuzi também foi alvo da operação Owari, realizada em 2009.

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