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Interior

Autoridades do Brasil e Paraguai buscam opções para tirar barco do rio

Priscilla Peres | 28/09/2014 12:48
Prefeito Heitor participou de reunião na manhã de hoje com autoridades responsáveis pelo resgate. (Foto: Prefeitura de Porto Murtinho)
Prefeito Heitor participou de reunião na manhã de hoje com autoridades responsáveis pelo resgate. (Foto: Prefeitura de Porto Murtinho)
Rebocador com guincho já está no município para retirar barco da água. (Foto: Prefeitura de Porto Murtinho)
Rebocador com guincho já está no município para retirar barco da água. (Foto: Prefeitura de Porto Murtinho)

Autoridades responsáveis pelas buscas às vítimas do naufrágio de um barco-hotel em Porto Murtinho - distante 431 km de Campo Grande, se reuniram na manhã de hoje com o prefeito Heitor Miranda (PT) para adotar estratégias junto ao governo do Paraguai na intenção de tentar retirar o barco de dentro da água.

Um rebocador com guincho está no município desde ontem, mas só quem pode fazer a retirada da embarcação da água é a marinha paraguaia. "O Brasil não pode fazer isso por dois motivos, primeiro por que o barco-hotel é o Paraguai e segundo por que afundou em águas paraguaias", explica o prefeito Heitor.

Além disso, só quem pode fazer a operação de retirada são mergulhadores especialistas nesse tipo de caso. "Tem uma única empresa que faz isso e ela é do Paraguai, com sede em Assunção", diz Heitor. Para tentar viabilizar isso, o próprio prefeito entrou em contato com o ministro da Emergência Nacional Joaquim Roa, que esteve em Porto Murtinho acompanhando o resgate.

"Eu mesmo liguei para ele e pedi para ele entrar em contato com as autoridades paraguaias para que façam a contratação dessa empresa de Assunção", disse. A partir disso, a empresa pode contratar a embarcação que já está em Porto Murtinho para fazer a retirada e apenas enviar os mergulhadores capacitados para a operação.

Hoje as buscas pelos três desaparecidos começaram de manhã, mas os mergulhos estão suspensos. De acordo com o Major Trindade do Corpo de Bombeiros, que está comandando a operação de resgate, ontem foi constatado que o barco-hotel estava mudando de posição e oferecendo risco aos mergulhadores. "Identificamos uma tendência de afundamento do barco e a mudança de possível, além disso parece que o barco está se desfazendo", explica.

Com os mergulhos suspensos, a estratégia é buscar pelos três corpos que ainda estão desaparecidos ao longo do rio Paraguai.

Caso - O barco hotel Sueño del Pantanal, de bandeira paraguaia, naufragou na tarde de quarta-feira (24) após ser atingido por um tornado. O vento de quase 100km/h destelhou construções, derrubou árvores e postes, prejudicou a rede de energia e tombou o barco que estava no Rio Paraguai cerca de 50 metros de atracar na margem estrangeira. Até o momento 11 corpos já foram encontrados. Faltam três, sendo dois turistas e um tripulante.

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