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Interior

Briga entre prefeito e irmão deixa cidade com dívida desde o Natal

Empresa responsável pelos enfeites natalinos do ano passado em praça da cidade não consegue receber

Gabriela Couto | 05/07/2023 16:08
Briga entre prefeito e irmão deixa cidade com dívida desde o Natal
Manjedoura com presépio que decorou a Praça das Américas, em Rio Verde de Mato Grosso, durante o mês de dezembro de 2022. (Foto: Processo judicial)

Passados mais de seis meses do Natal, a Prefeitura de Rio Verde de Mato Grosso, a 207 km de Campo Grande, ainda não pagou a decoração natalina e paisagismo do ano passado. O caso denunciado no Ministério Público e que está tramitando no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) ainda está em fase de recurso.

Inicialmente, a denúncia era sobre o valor de R$ 424 mil para a realização do serviço na Praça das Américas. No entanto, a empresa responsável, Exeq Construtora LTDA, não conseguiu receber os 50% restantes do valor até o momento.

De acordo com o advogado da empresa, Felipe Barbosa da Silva, o pedido de suspensão do pagamento remanescente foi negado porque a proprietária da Exeq, Eliane Maira de Oliveira Dávalos, comprovou os motivos que levaram a readequação do valor do contrato.

A questão envolve uma briga familiar, segundo a defesa. O prefeito da cidade, Réus Fornari (PL), não fala com o irmão, Clóvis João Sabedotti Fornari, que foi subcontratado pela empresária para realizar um serviço na manjedoura, casa do Papai Noel e demais coberturas de palha.

Briga entre prefeito e irmão deixa cidade com dívida desde o Natal
Fotos da decoração, com a presença da população, foram apresentadas no processo como prova de serviço realizado. (Foto: Processo judicial)

“Houve uma subcontratação do irmão do prefeito para um serviço de menos de 2% do valor total. Único do estado que faz aquela cobertura de palha. Eles inclusive são brigados, não conversam. O prefeito não quer fazer o pagamento, mas não tem ilegalidade”, esclareceu Felipe.

No entanto, o desembargador Vladimir Abreu já determinou o cumprimento do contrato. “Não ficou constatado que tais serviços foram realizados com qualidade inferior ao previsto no ajuste contratual, assim como não restou comprovado qualquer irregularidade no instrumento contratual ou, ainda, prejuízo ao erário municipal”.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Rio Verde de Mato Grosso, mas eles não quiseram falar sobre o assunto. Em nota, afirmaram que “o processo está na Justiça, por este motivo não nos pronunciaremos”.

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