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Interior

Câmara vai à polícia contra bandidos que usam nome de vereadores em golpe

Cunhada do vereador Juscelino Cabral transferiu R$ 7.500 após golpista pedir dinheiro pelo WhatsApp

Helio de Freitas, de Dourados | 20/04/2022 10:32
Vereadores de Dourados em plenário durante a sessão desta semana. (Foto: Divulgação)
Vereadores de Dourados em plenário durante a sessão desta semana. (Foto: Divulgação)

Golpistas que utilizam o aplicativo de conversa WhatsApp estão usando nomes e fotos de vereadores de Dourados (cidade a 233 km de Campo Grande) para conseguir dinheiro fácil. Em pelo menos um dos casos, o golpe foi bem sucedido e rendeu R$ 7.500 aos bandidos.

Hoje (20), o presidente da Câmara Laudir Munaretto (MDB) anunciou que vai registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil após os vereadores serem vítimas dos golpistas. O próprio Laudir foi alvo. Criminosos se passaram por ele para pedir dinheiro através de transferências bancárias.

"Decidimos tomar a providência para que a polícia possa apurar quantas e quais as pessoas que estão agindo dessa forma criminosa. Confiamos no trabalho da Polícia Civil para que esse caso seja apurado e os criminosos devidamente identificados e punidos”, afirmou Laudir.

Segundo a assessoria da Câmara, a ação criminosa é sempre a mesma: o golpista se passa pelo vereador, alega que está com número novo de telefone (usando a foto do político no perfil) e que precisa com urgência efetivar o pagamento de uma conta.

Então, pede dinheiro e fala que vai devolver o valor assim que os problemas em sua conta bancária forem resolvidos. Para a polícia, nesse tipo de crime, o autor se aproveita da boa vontade e da relação de confiança da vítima para se beneficiar.

Os vereadores Elias Ishy (PT), Marcelo Mourão (Podemos) e Juscelino Cabral (PSDB) estão na lista das vítimas dos golpes. A cunhada de Cabral perdeu R$ 7.500 achando que estava mandando o dinheiro para o vereador.

“Esperamos as devidas providências da polícia com relação a esse caso porque a pessoa por trás desse crime usa o mesmo número de telefone. Acreditamos que seja possível identificar e punir. A minha cunhada infelizmente acabou vítima, assim como poderia ser qualquer outro cidadão de bem”, afirmou Juscelino Cabral.

Marcelo Mourão disse que o valor pedido pelo criminoso a um conhecido dele foi de R$ 7.800. No entanto, a vítima desconfiou e não repassou o dinheiro. “Meu número certamente foi clonado, inclusive, com minha fotografia de perfil, por isso, peço que fiquem atentos e denunciem.”

Os vereadores douradenses iniciaram campanha nas redes sociais para alertar sobre o golpe. A Polícia Civil recomenda a quem for vítima desse tipo de golpe que registre boletim de ocorrência.

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