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Interior

Campesino e segurança morrem em tentativa de invasão na fronteira

Confronto ocorreu nos arredores de Simón Bolívar, povoado paraguaio a 150 km de MS

Por Helio de Freitas, de Dourados | 16/08/2024 09:48
Policiais e militares paraguaio no local onde ocorreu confronto nesta quinta-feira (Foto: ABC Color)
Policiais e militares paraguaio no local onde ocorreu confronto nesta quinta-feira (Foto: ABC Color)

Um trabalhador rural e um segurança privado morreram nesta quinta-feira (15) durante tentativa de ocupação de uma fazenda na faixa de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. O confronto ocorreu na Agropecuária San Ignacio, a 15 km do perímetro urbano de Simón Bolívar, povoado a 150 km do território sul-mato-grossense.

De acordo com a Polícia Nacional, o grupo de campesinos tentou ocupar parte da propriedade, mas enfrentou resistência dos seguranças. Houve intensa troca de tiros.

Adrían Florentin, 30, apontado como um dos invasores, levou tiro no peito e morreu. O segurança Seferiano Silvero, 45, foi assassinado e teve o corpo queimado dentro de um veículo.

Ainda segundo informações policiais, outro segurança, identificado como Junior Cohene, 23, foi sequestrado pelos invasores e libertado horas depois com ferimento de tiro no braço. Ele segue hospitalizado.

O pai de Seferiano, que também atua como guarda em fazendas da região, disse que a propriedade onde trabalha, no distrito de Capiibary, também sofreu tentativa de ocupação no mesmo horário, mas ninguém ficou ferido. Povoados vizinhos, Capiibary fica no departamento de San Pedro e Simón Bolívar no departamento de Caaguazú.

Nesta sexta-feira (16), os promotores de Justiça responsáveis pelas investigações informaram que três suspeitos de encabeçar as invasões estão presos e outros já identificados.

Além dos três líderes, cujas identidades não foram reveladas, também está detido um brasileiro, identificado como Darci Bilke. Ele informou aos policiais que foi recrutado pelos “cabeças” para participar das invasões. Em troca, recebeu promessa de que tomaria posse de 10 hectares da fazenda. Darci alega não ter participado do confronto.

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