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Interior

Com medo da pandemia no Brasil, Paraguai nega reabrir fronteira

Presidente paraguaio afirmou que reabertura das fronteiras fica fora da terceira fase, prevista para começar no dia 15

Helio de Freitas, de Dourados | 09/06/2020 09:30
Militares bloqueiam acesso em Ponta Porã e Pedro Juan Caballero (Foto: Marciano Candia/Última Hora)
Militares bloqueiam acesso em Ponta Porã e Pedro Juan Caballero (Foto: Marciano Candia/Última Hora)

Citado como exemplo positivo na América do Sul no combate à pandemia do novo coronavírus, ao contrário do vizinho Brasil, o Paraguai se prepara para avançar à terceira fase da chamada “quarentena inteligente”. Hoje (9), o presidente Mario Abdo Benítez disse que na quinta-feira (11) vai decidir com o ministro da Saúde de seu país se afrouxa ainda mais as medidas sanitárias a partir do dia 15 deste mês.

Centros gastronômicos, bares, missas presenciais, ginásios de esportes e partidas de futebol podem ser incluídas na nova fase de reabertura. Entretanto, Marito Benítez afastou qualquer possibilidade de reabrir as fronteiras agora. E o principal motivo é a proliferação da covid-19 no Brasil.

Desde o dia 25 de maio, quando boa parte do comércio voltou a funcionar, a flexibilização das medidas sanitárias na fronteira vem sendo cobrada com mais intensidade por moradores e comerciantes.

Em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande, os comerciantes já promoveram duas carreatas para cobrar atenção do governo. Eles querem ao menos poder entregar produtos aos brasileiros na Linha Internacional. Sem os turistas do Brasil, cinco mil empresas da cidade correm o risco de falência.

Apesar da pressão dos comerciantes fronteiriços, o presidente deixou claro que não há possibilidade de reabertura da fronteira agora. Os acessos entre as duas cidades-gêmeas estão fechados desde março por homens das forças armadas paraguaias e por uma cerca de arame farpado.

“Com dor na alma, quero enviar uma mensagem para aqueles que sofrem do Norte [departamento de Amambay, cuja capital é Pedro Juan Caballero], que estão fazendo um grande sacrifício. É para salvar a vida de inocentes paraguaios. Portanto, peço sua compreensão e até mesmo desculpas, mas não poderemos abrir as fronteiras até que a propagação do vírus seja controlada em nossos países vizinhos e irmãos que ainda estão em dificuldades, porque todo o esforço que foi feito, podemos perder se permitirmos a abertura da fronteira”, afirmou Mario Abdo Benítez.

O Paraguai tem 1.145 casos confirmados de coronavírus. O país de sete milhões de habitantes registrou 11 mortes provocadas pela covid-19 e atualmente 603 infectados já estão recuperados.

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